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Um jogaço. Esse é o adjetivo para qualificar o que o foi o clássico deste domingo, na Vila Belmiro. No duelo dos melhores clubes do futebol paulista e brasileiro dos últimos anos, houve a contribuição de quem já não participa mais, porém torce de longe. A chuteira amarela que Robinho deu de presente a Carlinhos no ano passado foi o amuleto decisivo para o jogador marcar um golaço aos 46 minutos do segundo tempo e fazer o Santos arrancar empate emocionante com o vice-líder São Paulo por 1 a 1, na Vila Belmiro. Com isso, o time manteve a liderança isolada do Campeonato Paulista, com 32 pontos, contra 31 do rival. O resultado foi justo porque o Tricolor Paulista ficou encolhido na defesa ao longo da etapa final, quando a auxiliar Ana Paula Oliveira ainda anulou um gol do Peixe equivocadamente.

Na próxima rodada do Campeonato Paulista, o Santos volta a campo no domingo para encarar o Ituano, em Itu. Antes, na quarta-feira, o Peixe enfrenta o Gimnasia y Esgrima, da Argentina, na Vila Belmiro, pelo Grupo 8 da Libertadores. O São Paulo, que folga no torneio sul-americano, enfrenta a Ponte Preta, sábado, no Morumbi.

Jogaço na Vila

A partida começou logo empolgante. Aos 12 minutos, Fábio Costa já havia operado um milagre num chute de Jadílson, e Zé Roberto, carimbado o travessão de Rogério Ceni.

O jogo era lá e cá, mas o São Paulo parecia melhor organizado e mais atento em campo. Tanto que abriu o placar. Hugo, que havia acabado de entrar, entrou pela esquerda e cruzou. A defesa do Santos parou e Ilsinho entrou livre para empurrar para o gol.

O Peixe sentiu o baque e foi encurralado pelo Tricolor, que insistia em jogadas pelo lado esquerdo. Para tentar contornar a situação, o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Santos, tirou o lateral-direito Dênis e plantou Maldonado no setor para reforçar a marcação. Pedrinho entrou no meio.

No segundo tempo, o Santos voltou para o tudo-ou-nada. O São Paulo encolheu-se na defesa, e explorou apenas os contra-ataques. O clássico continuou eletrizante. Pedrinho exigiu bela defesa de Rogério Ceni, aos 8 minutos, e Aloísio mandou a bola no travessão, aos 10.

Mas o Santos tomava conta do jogo. E foi prejudicado pela assistente Ana Paula Oliveira. Aos 26, Jonas, em condição legal, empatou o clássico. Mas ela anotou impedimento equivocadamente. O Peixe continuou a encurralar o Tricolor na defesa. Tanto que Rogério Ceni fez defesa milagrosa, em desvio de Marcos Aurélio. Aos 46, o belo gol de Carlinhos premiou o esforço do time santista para chegar ao empate.

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