O Campeonato Paranaense nunca foi tão importante para um jogador. Não importa que a partida não seja decisiva, entrar em campo na estreia do J. Malucelli contra o Paraná, hoje, é tudo o que pede o meia-atacante Willian. "Voltar a jogar é o que importa", atesta o atleta de 26 anos. No ano passado, logo após o Estadual, em que foi vice-artilheiro, com 13 gols, ele negociava a transferência para o Coritiba, quando os exames apontaram a reincidência de uma irregularidade no coração. Por precaução, ficou fora de combate por quase nove meses.
"Ele se ressentiu novamente de um problema semelhante ao que havia apresentado quando estava no Marília (em 2007). Não dava para arriscar. Achamos melhor ele parar por um tempo. Foi benéfico, pois o coração voltou às funções normais", explicou o médico Costantino Costantini, que não vê na reincidência uma preocupação extra.
Refeitos os testes, Willian recebeu a notícia que, segundo ele, não deixou de acreditar que ouviria. "Foi emocionante quando ele disse você está liberado. Era a melhor coisa que eu poderia ter ouvido", garantiu o meia-atacante, que teve de ficar três meses e meio completamente ausente de exercícios para descondicionar o coração antes de novos exames e a volta gradativa aos trabalhos físicos. "Foi duro. Nem pelada eu podia jogar", revelou.
Com o aval definitivo recebido há cerca de 10 dias, o atleta só pensa em voltar aos gramados, mas ciente de que vai recuperar espaço aos poucos. Mesmo contando com a confiança do técnico Leandro Niehues. "Ele tem um poder de finalização incrível. Chuta fácil, cabeceia bem. Mas nem poderia estar no ritmo dos outros pelo tempo que ficou parado", disse o treinador.
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