Gastar melhor, para não ter de gastar muito mais. Em meio às discussões sobre o orçamento do futebol para 2010 – montante que deve ser definido em uma semana –, tem sido essa a principal preocupação da nova diretoria do Paraná.

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"Ainda estamos avaliando o que vamos precisar. Não temos o valor exato. Mas temos de ter, principalmente, um ponto em mente, que é saber empregar o nosso dinheiro", afirma Aquilino Romani, presidente eleito do Tricolor.

Com esse objetivo fixo, os paranistas acreditam que o acréscimo de R$ 3 milhões no orçamento, em relação aos gastos apertados deste ano (em torno de R$ 10 milhões), seja o suficiente para realizar campanhas bem melhores do que as de 2009. Especialmente, voltar à Primeira Divisão.

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Para tanto, um ponto é primordial: o acerto na montagem do time. "Erramos muito nesse quesito este ano. Com a saída do (técnico) Paulo Comelli, por exemplo, tivemos de praticamente montar um time inteiro novo", comenta Aurival Correia, dono da cadeira de presidente até a metade de dezembro e futuro vice-financeiro da gestão Romani.

Tarefa fundamental para o sucesso, no campo e nas contas, que está nas mãos de Paulo Welter e Beto Amorim, diretor e gerente de futebol, respectivamente, além do olheiro Will Rodrigues. E que tem como prioridade manter a base da equipe que recuperou o Tricolor no segundo turno da Série B, para entrosar ainda mais e embalar já no Paranaense.

"É uma responsabilidade grande que estamos assumindo e que vamos levar de acordo com as condições do Paraná. Mas em janeiro nós queremos estar com a equipe quase formada, esperando somente por algum aperfeiçoamento antes do Brasileiro começar", de­­clara Rodrigues.

Já com uma listagem de atletas avaliados, o trio quer primeiro tratar das (muitas) renovações de contrato antes de sair, com critério, diga-se, às compras. Dezoito jogadores têm contrato vencendo até o fim do ano e precisam sentar com a diretoria para conversar sobre uma prorrogação.

Estratégia tricolor de manutenção do grupo que chega até a barrar a possível negociação de Mu­­rilo. Único atleta do elenco pertencente ao clube desejado pelo mercado da bola, o lateral-direito poderia significar um reforço importante no caixa. "A intenção é deixá-lo no ti­­me para valorizá-lo e ano que vem vender melhor", diz Correia.

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Outro passo já pode ser dado como sacramentado, com a renovação do contrato do técnico Ro­­berto Cavalo. Para permanecer mais um ano na Vila Capanema, o treinador topou uma redução de salário no Estadual, com valorização prevista para o Nacional.