A expectativa do Coritiba em voltar a jogar no Couto Pereira ganhará um novo capítulo nesta semana. Com o fim do prazo para a entrega dos laudos liberatórios para o Campeonato Paranaense, previsto para segunda-feira, o Alviverde dependerá desta documentação, de uma visita da Comissão de Vistorias da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e das liberações da CBF e do STJD para poder atuar no Estadual dentro do Alto da Glória.
O caminho é longo, admite o presidente da comissão, Reginaldo Cordeiro, mas as primeiras informações dão conta que as obras para reconstruir o que foi destruído nos incidentes do dia 6 de dezembro já foram concluídas. "Devo ir lá na terça-feira, no final da tarde, para constatar o que já foi recuperado. Se tudo estiver no lugar e o clube tiver todos os laudos (Bombeiros, Polícia Militar, Crea-PR e Vigilância Sanitária), iremos liberá-lo", explicou Cordeiro, por telefone, à Gazeta do Povo.
Além de tudo que foi danificado, o Couto Pereira preocupou todas as entidades responsáveis pela liberação do estádio em virtude do seu fosso, considerado por muitos um dos responsáveis pela invasão do gramado na partida final da Série A, contra o Fluminense.
"Nos reunimos com a Polícia Militar, até falou-se em colocar grades ali, mas prejudicaria a evacuação da torcida para o gramado, se necessária. Além disso, vai contra o que vem pedindo a Fifa (fim dos fossos em estádios). Acreditamos que foi uma confusão foi muito grande, uma questão de falta de efetivo de segurança de uma forma geral", analisou Reginaldo Cordeiro.
Se ocorrer, a liberação apenas será em âmbito estadual. A FPF se compromete a entrar em contato com a CBF e com o STJD, informando a situação, e então aguardará um posicionamento das duas entidades. "Vou conversar em seguida com o doutor Virgílio (Elísio, diretor de competições da CBF) e passar a situação. Eles irão então nos passar qual o passo a seguir, se mandarão alguém para vistoriar, ou se valerá o nosso relatório", argumentou.
O STJD, por intermédio do procurador-geral Paulo Schmitt, já adiantou que o estádio não pode ser liberado antes do julgamento de todos os recursos, o que dificilmente ocorrerá antes de fevereiro. Embora a punição de 30 mandos só valha para jogos do Campeonato Brasileiro da Série B, enquanto o caso estiver em aberto, diz Schmitt, a liberação não pode ser concedida nem mesmo para o Paranaense.
Enquanto o imbróglio para a liberação do estádio prosseguir, o Coxa deverá mandar os seus jogos na Vila Capanema. O estádio do Paraná Clube também só depende dos laudos para ser liberado, mesma medida que vale para Arena da Baixada (Atlético Paranaense) e Eco-estádio Janguito Malucelli (Corinthians-PR).
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