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Com arquibancadas metálicas cobertas por tábuas, o João Cavalcante de Menezes começa o ano sem poder receber jogos do Paranaense | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
Com arquibancadas metálicas cobertas por tábuas, o João Cavalcante de Menezes começa o ano sem poder receber jogos do Paranaense| Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo

Três dos mais tradicionais estádios paranaenses estão fora da abertura de um campeonato em que o termo "com restrições" acompanha a liberação de boa parte das praças esportivas. Café, em Londrina; Willie Davids, em Maringá; e Couto Pereira, em Curitiba, por ora, não receberão jogos da 96.ª edição do Estadual.

Nos dois primeiros casos, a ausência mescla incompetência dentro de campo com má gerência fora dele. O rebaixamento do Londrina em 2009 fez a cidade juntar-se à vizinha Maringá nas divisões de acesso do futebol paranaense. Às prefeituras, coube não conseguir adequar os estádios nem sequer para servir às equipes da região em partidas de maior apelo.

O Café está com todos os laudos vencidos e não há previsão para regularizar a situação. A Fundação de Esportes de Londrina só terá dinheiro para investir no estádio quando conseguir vender o Vitorino Gonçalves Dias (VGD), operação prevista para este ano.

Em Maringá, a licença provisória concedida pelo Corpo de Bom­­beiros para o Willie Davids funcionar com 10 mil lugares (metade da sua capacidade) está vencida. Além disso, há pequenos ajustes necessários em alambrados, banheiros e outras áreas.

No Couto Pereira, a exclusão é reflexo dos distúrbios que se seguiram ao rebaixamento do Coritiba à Série B, em 6 de dezembro do ano passado. O estádio está interditado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo menos até o julgamento no Pleno, previsto para ocorrer entre o fim de janeiro e meados de fevereiro. A apresentação dos laudos técnicos teve um efeito inicial inusitado: possibilitar ao Coxa mandar seus jogos na Vila Capa­­nema. O clube ainda espera conseguir autorização para usar a sua casa.

Os estádios indicados pelos 14 clubes da Primeira Divisão foram vistoriados em dezembro e janeiro pela Federação Paranaense de Futebol. A partir de um roteiro de 30 itens (alambrados, vestiários, catracas, bilheterias, muros, sanitários, bares, cabines de imprensa, arquibancadas etc.) foi feita uma série de exigências ao fim da primeira visita. As benfeitorias deveriam ser apresentadas na inspeção seguinte.

Sem o gramado pronto, o Germa­­no Krüger foi reprovado, e o Operário começa o Estadual trocando Ponta Grossa pelo Ecoestádio, em Curitiba. O João Cavalcante de Menezes, em Engenheiro Beltrão, também não recebeu o crivo da FPF.

"Há uma notada falta de manutenção nos estádios do interior, talvez pela falta de campeonatos frequentes. Na maioria desses locais, depois que acabam os campeonatos profissionais, a estrutura fica descuidada por parte das administrações", explica Regi­­nal­­do Cordeiro, engenheiro responsável pelas vistorias. Trabalho que rendeu um relatório final de mais de 60 páginas e a repetição de constatações antigas.

Entre os aprovados com restrição, estão o 14 de Dezembro, em Toledo, e o Ecoestádio, em Curitiba. Mesmo considerado modelo no interior – a Arena é seu correspondente na capital –, o Coronel Emílio Go­­mes, em Irati, também não recebeu aprovação total.

"O campo do Iraty é movimentado o ano inteiro com os juniores, o Paranaense e os profissionais que treinam aqui. Assim o estádio nunca fica abandonado e quando a federação vem não pede muito", explica Cordeiro, apesar do "com restrições" colado ao atestado de liberação.

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