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LANCE A LANCE: Confira a ficha técnica e os principais momentos do empate paranista em Ipatinga

RESULTADOS: Acompanhe quem venceu em mais uma rodada da Série B

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Empate fora de casa costuma ser um bom resultado. Não foi o caso no Estádio Ipatingão. Na noite deste sábado, o Paraná Clube saiu atrás no placar, foi buscar o empate, mas o resultado de 1 a 1 com o Ipatinga teve um sabor de derrota. O Tricolor criou chances para vencer mais uma fora de casa, mas parou nos já conhecidos erros de finalização dos atacantes e no gol legítimo anulado nos acréscimos pelo árbitro capixaba Devarly Lira do Rosário.

A partida teve dois tempos distintos, com predomínio tricolor na maior parte. Os paranistas começaram melhor e iniciaram uma pressão, mas no primeiro deslize defensivo o Tigre abriu o placar com Diego Silva. A sequência da etapa inicial foi de chances mais claras aos mineiros e desencontro entre todos os setores do Paraná Clube. Uma sensação de "déjà vu" se abateu sobre os comandados de Roberto Cavalo.

Depois do intervalo, os jogadores do Tricolor voltaram determinados a mudar a história do jogo e de fato o fizeram. Liderado pelo camisa 10 Rafinha, os visitantes pressionaram ainda mais e criaram várias chances claras de gol. O meia anotou o tento de empate e deu outras oportunidades aos companheiros, mas a dupla Adriano e Marcelo Toscano não funcionou e o empate perdurou.

Já aos 47 minutos, Leandro tocou de cabeça para as redes do Ipatinga, porém o árbitro viu uma irregularidade – mesmo não existindo impedimento ou falta do zagueiro paranista no lance. A chance de entrar no G-10 da Série B bateu na trave mais uma vez e o Tricolor está em 11º, com 39 pontos. Um ponto e uma posição acima está o Tigre mineiro.

Na próxima rodada, o Paraná recebe o vice-líder Guarani na terça-feira, às 19h30, na Vila Capanema. No mesmo dia, mas às 21h50, o Ipatinga viaja até o Distrito Federal para enfrentar o Brasiliense.

"Enceradeira" paranista degringola com um ataque do Tigre

A era Roberto Cavalo no Paraná já é notória por um time que joga de uma forma na Vila Capanema e de outra longe de Curitiba. Dito e feito. Dentro do Ipatingão, o Tricolor iniciou jogando como queria, com espaço e velocidade. Apesar do bom toque de bola e algumas inversões, a equipe não passava de uma verdadeira "enceradeira" no setor ofensivo, rodando muito, mas sem bons chutes a gol. O erro no passe final matava os lances de ataque.

O Ipatinga, embora dentro de casa, demorou a se encontrar. A marcação não encaixava e os mineiros erravam demais do meio-campo para frente. Entretanto, o 16º minuto do primeiro tempo marcou a inversão dos papéis. Um chutão da defesa do Tigre estava em condições para o volante Adoniran dominar e sair jogando. Mas o paranista foi enganado pelo quique da bola e deixou Luis Fernando ganhar pela esquerda. O meia protegeu, deixou dois defensores olhando e tocou para o meio da área, onde Diego Silva entrou livre e fuzilou o goleiro Zé Carlos.

Adoniran ainda protagonizou outros dois lances bisonhos logo em seguida e por pouco o Ipatinga não aumentou. Alegando um mal-estar, o jogador acabou dando lugar a Luiz Henrique Camargo, porém o Tricolor não se encontrou mais. A equipe visitante passou a errar uma enormidade de passes e, nervosa, viu-se diante dos perigosos e velozes contra-ataques dos mineiros. Faltou pontaria e precisão para os donos da casa dilatarem mais o placar.

A reação paranista era buscada pela laterais e pelo meio, mas o passe final sempre era equivocado. Quando isso não atormentava os apoiadores e atacantes do Tricolor, era a própria limitação técnica que impedia o time de chegar ao empate. Em um lance emblemático dos 45 minutos iniciais, Marcelo Toscano foi acionado em um contragolpe, entrou com a bola dominada na área, mas errou no drible e pior, tropeçou de forma ridícula na bola. Os sinais não era animadores para a torcida tricolor.

"O Ipatinga começou devagar, mas nós entramos ainda mais devagar do que eles e tomamos o gol", esbravejou Rafinha na saída para os vestiários. "É o que eu tinha falado antes, a gente dá o gol para os caras, vacilamos e agora temos que ter calma, não adianta chutar do meio-campo", endossou o lateral-esquerdo Fabinho. Muito trabalho esperava Roberto Cavalo.

Rafinha lidera retomada tricolor no segundo tempo

Depois de ver um filme conhecido no primeiro tempo, cheio de erros em todos os setores do campo, o Paraná voltou com outra postura para a etapa complementar. "Já vencemos jogos mais difíceis", disse Roberto Cavalo no retorno da equipe. O papo funcionou e, ao marcar mais forte e procurar o ataque, o Tricolor retomou as rédeas da partida e passou a pressionar e rondar o gol de goleiro Fred.

Um dos mais insatisfeitos do lado paranista, o meia Rafinha resolveu chamar a responsabilidade para si e passou a carimbar todas as descidas ofensivas do time da Vila Capanema. Quando a bola passava pelos seus pés, era chance de gol na certa. Contudo, a equipe pecava na hora de definir e mandar para as redes do Ipatinga. Diante das falhas dos companheiros, o camisa 10 entendeu que ele mesmo teria de criar e marcar o gol de empate.

Aos 18 minutos, a postura de Rafinha deu resultado. O jogador pegou bola na intermediária, conduziu e limpou a marcação antes de bater forte, no canto do arqueiro do Tigre. A pressão que já era grande aumentou ainda mais nos minutos seguintes, com o Paraná tentando de todas as formas a virada no marcador. O autor do gol de empate municiou Adriano na melhor das oportunidades, mas o atacante conseguiu chutar no travessão.

Sem a bola querer entrar, até o goleiro Zé Carlos se arriscou em cobrança de falta e quase deixou o seu. O Ipatinga procurava se defender como podia e, ao contrário do primeiro tempo, os contra-ataques não funcionavam. O último lance e que poderia ter mudado o jogo veio aos 47 minutos. Rafinha levantou bola na área, Leandro entrou por trás da zaga e cabeceou no canto de Fred. O assistente correu para o meio-campo, mas o árbitro viu uma irregularidade.

"Ele preferiu não se complicar", sentenciou Rafinha ao final do jogo, ciente de que o empate teve sabor de derrota, porém o ponto somado fora pode fazer a diferença na sequência da Segundona.

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