A crise financeira do Flamengo, que já matou a ginástica artística rubro-negra, pode entrar em quadra e fazer nova vítima. Com três meses de salários atrasados e sem receber os prêmios pelas conquistas do Campeonato Estadual e do último Nacional, os jogadores de basquete ameaçam não entrar em quadra na próxima quarta-feira, na abertura do Novo Basquete Brasil (NBB), contra o Pinheiros, em São Paulo. Neste sábado, os atletas se reuniram com a vice-presidente de Esportes Olímpicos da Gávea, Patrícia Amorim, para buscar uma solução para o impasse.
"Tivemos uma reunião neste sábado e ela explicou para a gente a real situação. Ela foi bem sincera e a gente está esperando uma resposta. Se ela não tiver como dar um prazo, já falou que vai abrir para os jogadores procurarem outro time. Temos família e precisamos comer", explicou o armador Duda, pelo telefone, descartando a possibilidade de todo o grupo se reunir vestindo a camisa de outro clube.
Procurada pela reportagem, Patrícia Amorim não foi encontrada para comentar o assunto. Segundo Duda, a promessa é de que qualquer verba que entrar no Flamengo será destinada ao basquete. Uma das esperanças do armador está no publicitário João Henrique Areias, conselheiro do clube que ficará responsável por gerir a recém-criada Unidade de Esportes Olímpicos, tentativa de captar recursos para o esporte amador. O atleta, no entanto, acredita que, caso a situação se resolva, a estreia do Rubro-Negro contra o Pinheiros já estaria prejudicada.
"É uma situação muito difícil para a gente. Temos um titulo para defender e sabemos que não vamos estar 100% psicologicamente. Se entrarmos, vamos ter que fazer de tudo para dar o melhor possível".
O presidente da Liga Nacional de Basquete, que organiza o NBB, também não foi encontrado na tarde de sábado para comentar o assunto.
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