Se o Paraná Clube chegou ao primeiro jogo da final do Campeonato Paranaense de 2006 com a melhor campanha entre os 16 times que iniciaram a disputa, a situação ficou ainda melhor para o Tricolor após a partida. Mesmo jogando fora de casa, os comandados do técnico Luiz Carlos Barbieri abriram uma vantagem confortável de três gols sobre a Adap.
E talvez neste comandante esteja a receita do sucesso do Paraná na temporada 2006. A campanha do time sob o comando de Barbieri não é um primor em se tratando de resultados, mesmo porque o time veio apresentando altos e baixos durante o Estadual. Mas no exato dia em que a diretoria peitou a torcida e deu pulso firme e confiança ao trabalho do treinador, as coisas melhoraram a cada rodada.
Em 19 jogos disputados o tricolor somou 39 pontos contabilizando ainda a defesa menos vazada da competição. Além da união e entrosamento do grupo, alguns destaques individuais colocaram o Tricolor no posto de favorito ao título. Atuações inquestionáveis de Flávio, Emerson, Gustavo, Edinho, Beto, Maicossuel e Leonardo garantiram uma "espinha dorsal" confiável ao time.
Como destaque para o último jogo dessa campanha de sucesso, a torcida paranista roubou a cena. Em três dias, todos 23 mil ingressos para o jogo final foram vendidos, o que garantiu a alegria do espetáculo desta domingo.
Retrospectiva
Só que nem tudo foi tão calmo durante estas 19 rodadas. O Paraná estreou bem no dia 12 de janeiro ao vencer o Roma, de Apucarana, pelo placar de 1 a 0. Ainda sentindo muito o desgaste da temporada anterior, o time foi surpreendido e derrotado pelo Londrina por 2 a 1 na rodada seguinte.
A torcida começou a ficar ressabiada e temerosa em relação ao destino da equipe quando o Paraná empatou com o fraco União Bandeirante, em casa, por 2 a 1. Os próximos dois empates consecutivos, no clássico contra o Coritiba e contra o Paranavaí por 1 a 1, irritam os torcedores.
As manifestações contra o treinador começaram a surgir com força nas arquibancadas. Porém, a situação se acalmou um pouco quando o Tricolor acabou com a invencibilidade da Adap, líder da competição, ao vencer por 3 a 1 na casa do adversário.
No segundo turno o Paraná voltou a decepcionar ao ser derrotado pela Roma por 2 a 1. Em seguida mais dois empates, com o Roma, em 2 a 2 e Londrina, 1 a 1. Mas, no clássico com o Coritiba veio a redenção da comissão técnica e dos jogadores. Os 3 a 0 no Pinheirão injetaram ânimo em todos os paranistas que a partir dali, seguiram rumo a liderança do grupo com vitórias sobre a Adap e Toledo.
Na fase seguinte o Paraná enfrentou o Iraty pelas quartas de final (ganhou o primeiro jogo por 1 a 0 fora de casa e empatou em 1 a 1 no Pinheirão) e Rio Branco nas semifinais (ganhou o primeiro jogo por 2 a 1 fora e venceu por 3 a 0 em casa). Na primeira partida da grande final, o Tricolor derrotou a Adap, no Estádio Willie Davis, pelo placar de 3 a 0.
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