
Depois de viver um dia agitado e de muita apreensão na terça-feira, quando os jogadores sairam da sede social do clube de bolso vazio, ontem finalmente o elenco teve cumprida a promessa de pagamento dos salários atrasados feita há uma semana pela diretoria. Nem todos, porém, estão encerrando as pendências. Parte das dívidas com os atletas está sendo parcelada.
"Estamos acertando tudo. Começamos às 17 horas. Ontem [terça-feira] houve atrapalho porque veio todo mundo ao mesmo tempo. Estamos acertando até o 13.º. Tem jogador inclusive recebendo direito de imagem de 2009, que não é nem da nossa gestão. Teve jogador que parcelou", descreveu o assessor de futebol Paulo César Silva, tentando explicar o problema do não pagamento na data acertada com os jogadores.
Colocando as contas com o elenco em dia, o dirigente antecipou que a montagem do grupo para 2011 deve começar ainda nesta semana. "Primeiro vamos pagar tudo, antes de pensar em renovar. Acredito que a partir de sexta-feira começamos a montar o time", concluiu.
A opinião é compartilhada pelo goleiro Juninho, um dos líderes do elenco paranista. Ele cogita permanecer no clube para a próxima temporada, mas aguarda que 2010 esteja financeiramente encerrado para tratar da renovação. "Para mim, todo mundo saiu satisfeito com o acordo. Alguns acertaram propostas e outros devem seguir negociando amanhã [hoje]. Muitos jogadores fizeram acordo para 2010 com pendências de 2009 que não haviam sido resolvidas. O que estão tentando fazer é zerar 2010 para discutir 2011", disse o goleiro.
"A possibilidade de renovar é muito maior com este acordo. Tenho grandes chances de continuar no Paraná. Na semana que vem o futebol para e tudo deve acontecer", concluiu Juninho, que pretende viajar de férias na próxima semana.
O acerto dos salários atrasados do Paraná virou uma novela quando quase todos os jogadores chegaram à sede do clube na terça-feira. Eles não foram atendidos pela diretoria e aguardaram boa parte do dia em uma sala na sede do clube.
Em 2010, o Tricolor conviveu permanentemente com os atrasos de salários e em algumas oportunidades os jogadores ameaçaram paralisações. O clube chegou várias vezes a ficar perto do limite de três pagamentos atrasados, o que permitiria que atletas se desvinculassem na Justiça.
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