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O Rio de Janeiro comanda a seleção brasileira que vai à Copa da Alemanha. Do supervisor-geral ao mais modesto roupeiro, o estafe da CBF não esconde a preferência por profissionais com vínculo explícito com o futebol carioca.

No primeiro escalão da comissão técnica, por exemplo, apenas o preparador físico Moraci Sant’Anna (de São Carlos-SP) destoa nessa relação bairrista – assim mesmo tem 20 anos de parceria com o treinador Carlos Alberto Parreira. Todos os demais integrantes nasceram, trabalham ou fizeram história na Cidade Maravilhosa.

E a lista deve ganhar reforços até o embarque para o Mundial, previsto para o fim de maio. Antônio Lopes garante ter sido convidado para ser "espião" da equipe nacional na Alemanha. O Delegado dividiria a função com o conterrâneo Jairo Santos – funcionário de carreira na CBF (trabalha de olheiro desde 1978).

O grupo de elite mantido por Parreira conta ainda com "vizinhos" como Zagallo, o supervisor Américo Faria, o auxiliar Jairo Leal, o médico José Luís Runco, o preparador de goleiros Wendell, além do assessor de imprensa Rodrigo Paiva.

No segundo time de assistentes, o comandante recebe outra leva do Rio, como o chefe de segurança José Haroldo Castelo Branco, o administrador Guilherme Augusto Ribeiro e o massagista Adenir Silva. Essa leva também tem um solitário representante paulista: o fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan.

Mas a formatação do chamado "núcleo duro" da comissão (basicamente com fluminenses) não pode ser vista como responsabilidade exclusiva de Parreira. Em 2002, o estafe levado pelo gaúcho Luiz Felipe Scolari à Ásia tinha o mesmo perfil. Na ocasião, houve apenas três alterações na geografia da seleção brasileira.

Em meio à crise em que pegou a equipe, Felipão indicou o auxiliar Flavio Teixeira (o Murtosa), o treinador de goleiros Antônio Carlos Pracidelli e o preparador físico Paulo Paixão. Com exceção do último, nascido no Rio, mas com rodagem no Rio Grande do Sul, os demais não tinham histórico com a residência oficial da seleção.

De acordo com o departamento de comunicação da CBF, a proximidade tem trazido frutos à equipe. Ao contrário das Copas anteriores, existe um contato diário entre os membros da comissão técnica por conta dessa origem mútua. Segundo garante a entidade, Parreira, Zagallo, Jairo Leal e Américo Faria se reúnem de três a quatro vezes por semana na sede da confederação, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

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