Torcida
Clima de guerra marca organizadas
As brigas entre as duas torcidas organizadas do Atlético, Os Fanáticos e Ultras, tende a piorar a cada dia. A afirmação é do presidente da primeira uniformizada, Júlio César Sobota, o Julião da Caveira. "As pessoas que tomaram prejuízo desta galera já falaram que não vão parar. Vão dar prejuízo até o dia, quem sabe, de morrer alguém", avisa.
De acordo com ele, o conflito, que ocorreu até fora do estado, em estádios como Morumbi (São Paulo) e a Ressacada (Florianópolis), se deve ao fato de Os Fanáticos terem feito uma limpa no seu quadro e expulsado cerca de 100 integrantes da região sul de Curitiba acolhidos pela Ultras. Para o diretor geral desta facção, Gabriel Barbosa, a explicação não procede. "Isso é história para boi dormir. Mal e bom elemento existe em tudo quanto é lugar", contesta. "É só vocês colocarem uma câmara na Avenida 7 de setembro [com Brigadeiro Franco] no próximo jogo na Arena, contra o Atlético-GO, no dia 6/11. Contra imagens não há argumentos", provoca.
Para a comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar, Coronel Ademar Cunha Sobrinho, o problema é mais econômico. "A venda de material de torcida faz com que haja desentendimentos", diz. Segundo o representante da PM, a proibição do uso de camisa das organizadas pode amenizar o problema. Uma reunião deve ser marcada essa semana com os envolvidos. (RM)
Na busca para fugir do rebaixamento, o Atlético está sensibilizando os jogadores pelo bolso. A diretoria não confirma, mas os bichos premiação paga após cada vitória mais que duplicaram em relação ao começo do Campeonato Brasileiro. E a tendência é a chegada de mais um "plus" em caso de vitória contra o Santos, sábado, no Pacaembu.
No começo do Nacional, conforme a reportagem apurou, cada jogador recebia R$ 2 mil por triunfo. No resultado positivo contra o Internacional, no dia 2 de outubro, a quantia foi a R$ 5 mil para cada um dos 14 jogadores que entraram em campo (11 titulares e 3 reservas). Um reajuste de 150%.
Quem estava no banco de reservas e não entrou na partida conforme a regra de remuneração no meio do futebol amealhou R$ 2,5 mil. No CT do Caju existe um acordo em que cada atleta tira 10% do extra e faz uma caixa para ajudar os companheiros não relacionados para as partidas.
O saldo desse tradicional "incentivo", devido à situação periclitante do time, é salgado para os cofres da Baixada: a diretoria se dispôs a desembolsar cerca de R$ 80 mil por sucesso em campo.
Normalmente, a premiação de cada rodada é decidida em reunião entre a diretoria e a comissão técnica. As cifras são repassadas aos atletas ainda no vestiário, após as partidas, em dinheiro. O famoso "bicho molhado".
Oficialmente ninguém dentro do clube fala sobre o assunto. A divulgação de supostos salários negados veemente pela diretoria pelo ex-presidente Mario Celso Petraglia na semana passada fez com que o assunto torne-se ainda mais delicado dentro do clube.
O próprio presidente do Rubro-Negro, Marcos Malucelli, recusa-se a confirmar números. "São coisas internas que só dizem respeito ao grupo de jogadores", afirma. O dirigente negou ainda que tenha sido definida uma nova premiação final caso o time escape do rebaixamento no Brasileiro.
"Está tudo dentro do que estabelecemos anteriormente", limita-se a dizer Malucelli. Questionado se no começo do ano já existia um valor para evitar a queda para a Série B, o presidente confirmou. "Vocês não falam tanto em planejamento? Pensamos em tudo, do primeiro ao último lugar", garante.
No entanto, o dirigente atleticano afirma que não há nenhuma orientação por parte do clube sobre quais temas os jogadores podem falar. Ou seja, desde dinheiro, passando pela política interna e até críticas ao time só não são comentadas porque os atletas não querem.
"Eu não oriento absolutamente nada. Não me intrometo na vida de ninguém. De jeito nenhum. Não tem nenhum jogador que possa dizer que o presidente pediu para não falar isso ou aquilo", ressalta.
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