A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná aprovou por 8 votos a 1 na manhã desta quarta-feira (17) o projeto de lei de autoria do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) que autoriza a Copel a firmar contratos de naming rights nos estádios do Atlético, do Coritiba e do Paraná. Uma emenda do deputado Jocelito Canto (PTB) incluiu o Operário no projeto de lei, que agora segue para o plenário da AL ainda sem data para ser votado. O único voto contrário foi do deputado Tadeu Veneri (PT). Quatro deputados da comissão não compareceram.

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O projeto de lei prevê que o dinheiro proveniente do patrocínio deverá ser aplicado na adequação dos estádios às exigências da Fifa e do Estatuto do Torcedor e tem como foco a Copa de 2014, que prevê, além dos estádios que sediarão jogos, 32 campos que sediarão treinos e que serão escolhidos a partir de dezembro de 2013, quando os participantes do Mundial estarão definidos. "Eu penso que no mundo todo e no Brasil as empresas públicas auxiliam o esporte. Não vejo problema nenhum na Copel retribuir o povo do Paraná e ajudar o futebol e outros esportes", disse Stephanes Júnior.

O autor do projeto justificou que a Copel está expandindo sua área de atuação para mercados com concorrência e que patrocinar o esporte ajudaria na imagem da empresa. "A Copel tem capital aberto com ações na bolsa. Além disso, está abrindo para competir no mercado com transmissão de dados e internet banda larga, áreas em que compete com outras empresas", justificou Stephanes Júnior. Ele afirmou que a empresa teria lucrado R$ 1,2 bilhão em 2009. "Não vejo problema de ajudar no total com 10, 20 ou 45 milhões de reais", completou.

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Ex-prefeito de Ponta Grossa, o deputado Jocelito Canto (PTB) acrescentou ao projeto o Operário, clube de sua cidade. "O Operário é um time que tem 100 anos [na verdade fará 100 anos em 2012]. A primeira partida na história do futebol paranaense foi em Ponta Grossa. A cidade fica a 100 km de Curitiba e quer ser subsede para receber uma seleção. Nossa idéia é preparar a cidade para receber uma das seleções da Copa", justificou Canto.

Único voto contrário, o deputado petista Tadeu Veneri, justificou sua posição. "A CCJ vota a constitucionalidade das leis. Eu acho que é inconstitucional porque ela esbarra na falta de objetivo, algo que não é competência da Assembleia Legislativa. Um deputado não tem prerrogativa de autorizar isso, pois Copel tem autonomia para investir. Ela é uma empresa de economia mista, que tem por objetivo vender energia praticamente cativa, tendo concorrência pequena no estado. Não há condição de patrocínio de arena", explicou Veneri.

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