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Carlos Arthur Nuzman complica o esporte brasileiro. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Carlos Arthur Nuzman complica o esporte brasileiro.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

No pior golpe já sofrido pelo movimento olímpico brasileiro, o COI anuncia que o COB está suspenso temporariamente, afasta Carlos Arthur Nuzman e corta todos os repasses ao Brasil, inclusive para sanar o deficit deixado pelos Jogos Olímpicos. Mas o COI vai permitir que os atletas brasileiros possam continuar a representar o País nos Jogos de Inverno de 2018. A decisão foi adotada pelo Conselho Executivo do COI nesta sexta-feira (6), depois de avaliar as alegações da polícia sobre os dirigentes brasileiros e a suposta compra de votos pelo Brasil para sediar os Jogos de 2016.

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Sobre Nuzmam, o COI indicou que ele está suspenso provisoriamente de todos os seus “direitos, prerrogativas e funções derivadas de seu cargo de membro de honra do COI”. Ele ainda foi afastado da Comissão de Coordenação dos Jogos de 2020, em Tóquio.

Mas as medidas adotadas pelo COI não se limitam ao dirigente e decide suspender o próprio COB de toda sua relação com a entidade internacional. “O COB e seu presidente, Carlos Nuzman, foram responsáveis pela candidatura do Rio de Janeiro em 2009. Portanto, o Conselho Executivo do COI toma as seguintes medidas com efeitos imediatos: suspender provisoriamente o COB”, afirma a nota oficial.

De acordo com a regra 59 da Carta Olímpica, a suspensão significa que “todos os pagamentos e subsídios do COI para o COB estão congelados”. Outra medida adotada é que o COB não será autorizado a exercer seus direitos de membro entre as associações de comitês nacionais olímpicos.

Se os dirigentes brasileiros estão sendo punidos, o COI insiste que os atletas não ficarão de fora dos torneios. “Para proteger os interesses dos atletas brasileiros, essa decisão não afetará os atletas”, disse.

Portanto, o COI “aceitará um time olímpico brasileiro nos Jogos de Inverno de PyeongChang em 2018 em todas outras competições sob o guarda-chuva do COB com seus direitos e obrigações”.

Essa suspensão será encerrada quando problemas de governabilidade do COB tenham sido lidados de “forma satisfatória” e consideradas pelo COI.

Dinheiro

O COI ainda está suspendendo todos os repasses ao Brasil, inclusive para cobrir o rombo da Rio2016.

Para justificar a decisão, o COI aponta que tanto Nuzman como Leonardo Gryner, também preso, estavam no comando do Comitê Organizador dos Jogos por “muitos anos”.

“O COI encerra todas suas obrigações com o Comitê Organizador em dezembro de 2016, como confirmado”, disse. De acordo com Lausanne, a contribuição que foi dada pelo COI ao Rio “extrapola de forma significativa suas obrigações contratuais”. Na época, o dinheiro – cerca de US$ 1,5 bilhão – foi dado “considerando a grave crise afetando o país”.

“O COI suspende provisoriamente todas as demais relações com o Comitê Organizador”, disse a entidade. Uma vez mais, essa suspensão será revista quando os problemas de governança forem lidados.

No pior golpe já sofrido pelo movimento olímpico brasileiro, o COI anuncia que o COB está suspenso e afasta seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, de suas funções diretivas. Nuzman está preso provisoriamente no Rio de Janeiro. A decisão, no entanto, permite que os atletas brasileiros possam continuar a representar o país nos Jogos de Inverno de 2018. Não se sabe ainda se com a bandeira do Brasil.

A decisão foi adotada pelo Conselho Executivo do COI nesta sexta-feira, depois de avaliar as alegações da polícia sobre os dirigentes brasileiros e a suposta compra de votos pelo Brasil para sediar os Jogos de 2016.

Um braço da Operação Lava Jato, denominada Unfair Play, investiga a partticipação de Nuzman e seus pares na compra de votos para a escolha do Brasil como país-sede da Olímpiada. O cartola foi preso anteontem porque havia a desconfiança de que ele pudesse atrapalhar as investigações. Os advogados de Nuzman tentam um habeas corpus.

Reportagem localizou o depósito na Suíça onde o dirigente do COB guarda 16 barras de ouro avaliadas em R$ 2 milhões. Nuzman não havia declarado as barras em seu Imposto de Renda. Só o fez depois de a informação ter sido revelada pela Polícia Federal.

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