O dever de casa deles é elaborar uma logomarca para as Olimpíadas, capaz de atrair e inspirar a juventude, refletir a cultura local e o jeito apaixonante de celebrar do brasileiro, estar alinhada com os valores olímpicos, ser inovadora e que se mantenha atual por seis anos. Essas foram algumas das orientações dadas pelo Comitê Rio 2016 no briefing realizado nesta terça-feira com os representantes das agências interessadas em participar do processo seletivo. Lançada em abril, a concorrência atraiu o interesse de 139 empresas dos estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Até a escolha da vencedora, serão cinco fases. As agências que conseguirem atingir a pontuação mínima na segunda etapa, que compreende habilitação jurídica e técnica, avançarão para a fase de entrevistas individuais, prevista para junho. No dia 21 do mesmo mês, a comissão julgadora irá divulgar as finalistas. Logo depois será passado um briefing técnico para que seja feita a proposta criativa. Em agosto a marca escolhida será enviada para a aprovação do Comitê Olímpico Internacional (COI), mas só será apresentada na festa do Réveillon da Praia de Copacabana. A agência vencedora receberá R$ 50 mil pela criação e assinará um contrato de seis meses, com possibilidade de renovação para prestação de serviços de design.
"Nós conversamos com nossos consultores internacionais e com o COI. Podíamos ter feito uma concurso de marca com pessoas físicas e jurídicas como já foi feito e bem sucedido. Podíamos ter feito pesquisa de mercado e escolher uma agência mas, no nosso modelo, quisemos fazer algo mais especial. Não queremos só uma marca. Ela tem que ter uma história para contar, um DNA próprio. Queremos deixar um legado para o design brasileiro e que tenha um carimbo "made in Brazil"", disse Beth Lula, gerente de construção e gestão de marcas do Rio 2016.
Dispostos a entender melhor a expectativa dos membros do Comitê, representantes de agências quiseram saber qual a opinião dos especialistas sobre a logomarca dos Jogos de Londres-2012.
"A partir da experiência de Londres, o COI modificou o processo. Agora não pode colocar os aros olímpicos dentro da marca e o nome da cidade tem que aparecer nela. O intuito de Londres foi atrair o público jovem, mas agora as regras mudaram. A marca Rio 2016 tem que emocionar e fazer com que cada pessoa se sinta parte do evento - afirmou Leonardo Gryner, diretor de marketing e comunicação do Rio 2016".
A partir da logomarca principal, será feita a arquitetura das marcas derivadas (design de medalhas, tochas, marca dos programas olímpicos, pictogramas, decoração e ambientação das instalações e da cidade, entre outros) e suas aplicações em produtos de diversas categorias (vestuário, itens de coleção, cama, mesa e banho, escritório, etc.). Este mercado vai movimentar cerca de R$ 1 bilhão na economia brasileira.
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