Como em 2014, a Polônia impediu o tetracampeonato da seleção brasileira masculina no Mundial de vôlei. A equipe polonesa derrotou o Brasil por 3 a 0, com parciais de 28/26, 25/20 e 25-23, neste domingo (30), em Turim, na Itália, e conquistou seu terceiro título mundial.
O Mundial sediado na Bulgária e na Itália foi o primeiro grande torneio da seleção masculina sob o comando de Renan Dal Zotto. Substituto de Bernardinho, que dirigiu a equipe de 2001 a 2016 e conquistou três Mundiais consecutivos e dois ouros olímpicos, Renan levou o Brasil a dois títulos em torneios de menor expressão (Sul-Americano e Copa dos Campeões, ambos em 2017).
No entanto, em 2018, o Brasil ficou em quarto lugar na Liga das Nações, torneio anual de seleções. No Mundial, Renan chegou a ser suspenso por um jogo por ter lançado uma bola na quadra durante um ponto em partida contra a Rússia.
Antes de se tornar o técnico do Brasil, Renan foi diretor de seleções da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Membro da geração de prata dos Jogos de Los Angeles-1984, ele popularizou o saque viagem (“Viagem ao Fundo do Mar”), técnica que revolucionou o ataque no vôlei.
Em 2014, jogando em casa, os poloneses haviam derrotado o Brasil por 3 a 1. Desta vez, a superioridade do time europeu foi ainda maior. O único momento de equilíbrio na partida foi no final do primeiro set, em que a seleção brasileira tirou uma vantagem de quatro pontos, mas não evitou a derrota na parcial.
Além dos troféus de 2014 e 2018, a Polônia também foi campeã mundial em 1974. O país igualou o número de títulos de Brasil e Itália. Apenas a Rússia tem mais vitórias no torneio, seis no total. Esta foi a terceira final de Mundial entre poloneses e brasileiros. A Polônia triunfou em 2014 e 2018, e o Brasil havia triunfado em 2006.
O Brasil disputou sua sexta final de Mundiais, sofrendo a terceira derrota (foi vice também em 1982). A seleção chegou a sua nona final consecutiva nos dois torneios mais importantes da modalidade: participou das últimas quatro finais olímpicas (ouro em Atenas-2004 e Rio-2016 e prata em Pequim-2008 e Londres-2012) e das últimas cinco decisões mundiais (três vitórias e duas derrotas).
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