Atleta, técnico e, agora, dirigente. O londrinense José Luiz Vasconcellos, 45 anos, assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Ciclismo, em agosto, disposto a desenvolver o esporte no país. A estratégia já está traçada. Criar um ídolo um Guga dos pedais , é o passo mais importante da empreitada.
"Vamos investir forte no esporte de alto rendimento, já pensando no Pan de 2007, no Rio de Janeiro. Queremos ajudar a elite das modalidades, aqueles que podem trazer resultados imediatos. Buscamos medalhas", explicou ele, que também tem uma loja de bicicletas e uma fábrica de aros no interior do estado.
"Somos o país da bola. Fica difícil desenvolver outro esporte. O caminho mais curto é o aparecimento de ídolos", continuou. Por isso, o foco principal é a nata dos atletas brasileiros, mas sem deixar de lado os iniciantes. "Não é que a base esteja bem servida, mas já existe naturalmente a revelação de novos ciclistas. Não vamos esquecer essa fase do processo, mas, nesse momento, vamos dar ênfase nos profissionais de ponta", acrescentou o dirigente, que há 29 anos vive o mundo dos pedais.
Para o presidente da CBC, o esporte vem ganhando corpo no Brasil há algum tempo. Ele destaca que o país ocupava a 87.ª colocação no ranking internacional e atualmente é 25.º. "Pela Federação Internacional de Ciclismo, o nosso crescimento é o maior do mundo. Temos respeito no exterior e estamos atraindo a mídia gradativamente", comentou, ressaltando a importância das transmissões de provas pela televisão. "Atualmente, são cinco eventos transmitidos nacionalmente e com boa audiência".
Um dos grandes problemas do ciclismo é a falta de representantes para as provas de pista. Pensando em suprir essa deficiência "que não é só do Brasil, mas do mundo todo", a CBC irá adaptar profissionais. Atletas de modalidades de estrada participarão do Brasileiro de Pista, em Caieiras (SP). Os melhores serão selecionados para competir nos velódromos.
Outro grande projeto do mandato do londrinense é a criação de um complexo para a prática do esporte em alto nível. A localização desse Centro Nacional de Treinamento ainda está indefinida entre Curitiba e São Paulo. A oferta mais vantajosa é dos paulistas, que devem mesmo ficar com a obra.
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