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Fidelidade era a palavra entre eles. A distância não importa: o que vale é estar ao lado do Coritiba. ?Viria até sozinho se não tivesse carona?, contava o técnico em informática Paulo Silva. Ele e mais dois amigos deixaram Curitiba antes das 18h - ?Saí do serviço um pouco mais cedo? - para não perder o primeiro jogo do Coxa no exílio. Encontraram poucos e animados torcedores. Alguns da região mesmo.

?Saí de Curitiba faz seis anos, meu carro é cheio de adesivos do Coxa?, disse o operador de áudio Anderson Borges, que mora em Joinville. Para ele, foi um presente ver o time jogar na porta de casa depois de tanto tempo. Francisco da Silva, comerciário, não teve a mesma sorte, mas também não reclamou tanto, já que mora em de Jaraguá do Sul (à 50km de distância): ?Sai mais barato e é mais perto que ir ao Couto?. Se havia o apoio de alguns moradores, a mídia deixou o Alviverde de lado. Nenhuma rádio local transmitiu o jogo.

Alguns habituais frequentadores do Couto Pereira nem pensaram duas vezes para pegar a estrada. O ex-vereador Luizão Stellfeld brincava: ?Já fui em casa lugar pior...? Joinville aos poucos foi ganhando a presença dos coxas, que, de bom humor, ainda brincavam com uma pixação no muro da Arena: ?A Série C é obrigação?, um protesto da torcida do JEC por um melhor desempenho do real dono da casa. ?Quando a gente acha que está ruim e vê isso, percebe que tem coisa pior?, ria o empresário coritibano Rodrigo Papov.

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