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A bola para no Campeonato Paranaense no Carnaval, para que os torcedores possam curtir a variada programação momesca por todos os cantos do estado. Antes de amarrar a cadeira no teto do carro ou acomodar a quinta mala da sobra abaixo do seu banco, confira quem já fez bonito na avenida do Estadual 2015 após quatro rodadas.

Alegoria

As restrições à presença dos mascotes na beira do gramado são tantas que eles praticamente desapareceram dos dias de jogos. No máximo entram em campo no intervalo para promoção com torcedores ou ficam isolados em um canto qualquer da arquibancada. Mesmo assim, o Tubarão do Londrina segue um passo à frente dos rivais. É apelido do time, está presente nas mãos dos torcedores em bonecos infláveis e é amado pelas crianças londrinenses. Só não tem mais espaço para cenas lendárias como essa do jogo com o Operário, em 2013, quando saiu "algemado" do Germano Krüger.

Bateria

Em nenhum estádio o grito da galera ecoou mais do que na Arena da Baixada. O Atlético tem os dois maiores públicos do Campeonato Paranaense - 9.663 contra o Paraná e 6.646 contra o Prudentópolis - e, consequentemente, a maior média até o momento, 8.154, para ver o time sub-23 jogar. Festa garantida no maior e mais moderno estádio do estadual, mesmo sem os tradicionais bandeirões, proibidos pela diretoria rubro-negra.

Comissão de frente

Ao líder, o melhor ataque. O combinado de ex-jogadores do trio de ferro tem rendido um início de desfile próspero ao J. Malucelli. Em quatro rodadas, o Jotinha balançou a rede oito vezes. É o melhor ataque. Uma comissão de frente afinada e democrática. Seis jogadores já fizeram gol. Apenas Bruno Batata marcou duas vezes.

Enredo

Será difícil um time juntar mais boas histórias do que o Foz. Inscrito de última hora por causa da desistência do Arapongas, o time da Fronteira tirou o gerente de futebol Negreiros da aposentadoria para ter um centroavante. A dificuldade em se achar no novo sistema de registros da CBF fez o time jogar sem reservas contra o Londrina - e sob a recomendação de evitar entradas duras para tomar cartão. O elenco só ficou completo para a terceira rodada. A partir dali, duas vitórias, uma sobre o Coritiba, e a escalação que mais parece um museu vivo do futebol paranaense neste século, com Edson Bastos, Safira, Baiano e Negreiros.

Evolução

O Operário começou o campeonato como um típico time do interior: empresários da cidade se cotizando para juntar dinheiro e elenco montado a partir do zero. Mas bastou a bola rolar para o Fantasma mostrar algo a mais, mesmo com a pior tabela do início da competição. Fora de casa, fez um ponto contra o vice-campeão Maringá, três contra o campeão Londrina e endureceu contra o Coritiba. Em casa, bateu o Foz. Com sete pontos, certamente atrairá mais interessados em sentar nas cadeiras compradas da Arena da Baixada.

Fantasia

O couro da serpente inspirou o uniforme do FC Cascavel na estreia na primeira divisão estadual. Uma peça belíssima na tela do computador, mas que não ornou da mesma maneira no tecido. Foi sob essa camuflagem que o time emplacou a histórica serie de três empates por 0 a 0 e desfilou pelos gramados o nada potente ataque formado por Henrique Dias e Jorge Preá.

Harmonia

Um samba com "um polaco de cada colônia" tinha tudo para dar errado, mas o J. Malucelli tem provado ao contrário. Com uma seleção de refugos de Atlético, Coritiba e Paraná, o time comandado por Ary Marques rapidamente se entrosou e começou a dar resultados. Foram 10 pontos em 12 possíveis, com direito a uma irretocável vitória sobre o Paraná na Vila Capanema.

Mestre-sala e porta-bandeira

A arrancada do Coritiba com três vitórias no Coritiba passou muito pela dupla Negueba e Rafhael Lucas. O ex-flamenguista criou inúmeras jogadas de velocidade pelo lado do campo, além da antológica sequência de chapéu e meia-lua aplaudida de pé no Couto Pereira. O novo camisa 9 balançou a rede quatro vezes e ainda deu uma assistência. O problema é que o samba da dupla atravessou contra o Foz e o ritmo terá de ser retomado no Atletiba, antes que Marquinhos Santos opte por novos passistas para a linha de frente.

Samba-enredo

"Diretoria, faz o favor, cadê o dinheiro pra pagar o jogador?" Um grito de torcida sem palavrão merece todo o crédito, especialmente quando é por uma boa causa. No enredo surrado da crise do Paraná, a Fúria Independente resgatou um grito de guerra recorrente na partida contra o J. Malucelli. O pano de fundo foi a apocalíptica afirmação do gerente de futebol Marcus Vinícius de que o clube fecha as portas no fim do ano se não houver união.

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