O clássico pernambucano desta quarta-feira entre Sport e Santa Cruz registrou mais um triste capítulo da violência nos estádios brasileiros. O jogo, disputado na Ilha do Retiro, no Recife, teve briga entre torcedores do time visitante, o Santa Cruz, com a Polícia Militar. O episódio acabou com 60 pessoas feridas, sendo que 25 delas foram levadas para Unidades de Pronto Atendimento (UPA). O jogo foi válido pelo Campeonato Pernambucano e terminou empatado por 1 a 1.
A confusão teria começado após um torcedor do Santa Cruz acender um sinalizador ainda no primeiro tempo. A polícia se dirigiu ao local para tentar apagar, mas no caminho derrubou diversas pessoas, o que causou a revolta dos demais torcedores.
Indignados com a truculência dos policiais, torcedores ameaçaram invadir o campo, e alguns forçaram para entrar por um portão de acesso ao gramado. Os policiais de dentro do campo responderam com gás de pimenta em que estava próximo ao alambrado. Houve mais confusão. Quem estava na parte de cima da arquibancada desceu e começou a pressionar quem estava na parte inferior, até o rompimento da grade.
Diversas pessoas ficaram feridas e foram atendidas no gramado, durante o intervalo da partida e no início do segundo tempo. Vinte e cinco torcedores foram levados para hospitais próximos à Ilha do Retiro. Em determinado momento da confusão, seis ambulâncias chegaram a estar no gramado. Havia mulheres e idosos entre os feridos.
Após a confusão, o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, publicou nota no site oficial do clube lamentando o ocorrido. “O clube vai prestar toda a assistência necessária aos seus torcedores que ficaram feridos. Temos consciência e lutamos sempre para ter essa família coral ao lado do clube, e não afastá-la do time.”
O mandatário ainda pediu maior rigor na segurança e, indiretamente, mais atenção do Sport, o clube mandante da partida. “Não é apontar erro para ninguém, mas como o torcedor entrou com sinalizador? Temos de repensar e evitar algumas situações no futebol. Pedimos tanto ao torcedor para comparecer. Diante de tantos fatos, será que ele se sente à vontade para sair de casa e ir ao estádio? Precisamos reduzir estas situações que afastam o torcedor de bem.”
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