A Olimpíada é o sonho de quase todos os atletas de alto nível, representando o máximo que um competidor pode almejar. Uma medalha então, nem se fala. É com esse objetivo que eu dediquei os últimos anos da minha carreira como velejador. Após participar de Pequim-08, chego a Londres-2012 mais maduro e buscando um bom resultado.
Eu comecei na Vela bem cedo e, aos poucos, os resultados começaram a aparecer. Primeiro na classe Optimist e depois na Snipe e Pinguim. Após passar por todas essa categorias, eu passei a competir na Laser, onde estou até os dias de hoje.
Atualmente, sou o quarto do ranking mundial, mas acredito que isso não seja um fator que me garanta uma medalha. A Classe Laser tem muitos atletas de alto calibre e dos cinquenta que estarão em Londres, pelo menos 20 têm reais chances de medalhas.
Obviamente, existem alguns com mais destaque o caso do britânico Paul Goodson (campeão olímpico) e do australiano Tom Sligsby (atual campeão mundial) mas nenhum deles pode ser chamado de "favorito".
Quanto ao local de competição Raia Olímpica de Weymouth eu conheço muito bem. Em junho deste ano eu fui duas vezes para lá uma para competir na etapa da Copa do Mundo de Vela e a outra para um período de adaptação antes dos Jogos e estou bem acostumado e sabendo o que vou encontrar por lá.
Inclusive, nesta minha última passagem por Weymouth (cidade próxima a Londres, que será sede das disputas de Vela), eu pude treinar com boa parte dos meus adversários na Olímpiada e ainda consegui ajustar os últimos detalhes do barco. Além disso, eu fiquei no local no mesmo período lunar que serão disputados os Jogos, e isso faz muita diferença. Eu já sei exatamente o que irei enfrentar em Londres.
Além da minha classe a Laser as disputas da Vela em Londres acontecem em mais outras categorias: Finn (M), 470 (M e F), Star (M), 49er (M), RS-X (M e F) e Laser Radial (F).
O Brasil contará com uma equipe experiente e com reais chances de medalhas. A dupla com mais bagagem e enormes chances de ouro são o Robert Scheidt e o Bruno Prada, na Star. O Robert é um dos maiores atletas olímpicos da história deste país e chega a Londres em busca de sua quinta medalha (duas de ouro e duas de prata até o momento).
As meninas da 470 também chegam com força. A Fernanda Oliveira foi medalha de bronze em 2008 (competindo com a Isabel Swan) e agora, ao lado da Ana Barbachan, disputa sua quarta Olímpiada. A equipe ainda é composta por Jorge Zarif (Finn), Adriana Kostiw (Laser Radial), Patrícia Freitas (RS-X) e Ricardo Winicki o "Bimba" (RS-X).
Acho que todos estão bem preparados para representar bem o Brasil. Espero que os ventos soprem a nosso favor.
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