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Pacote de sacolé vendido em frente à Arena neste domingo. | /Gazeta do Povo
Pacote de sacolé vendido em frente à Arena neste domingo.| Foto: /Gazeta do Povo

Enquanto as cervejas e chopes ainda aguardam a sanção do governador Beto Richa para voltar a circular nos estádios do Paraná, os torcedores driblam a lei seca imposta desde 2008 de uma forma inusitada e camuflada: a compra ilegal do chamado ‘sacolé’, saquinho plástico com vodka ou cachaça, vendido em pequena quantidade à frente das arenas.

A contravenção foi flagrada pela reportagem da Gazeta do Povo no Atletiba deste domingo (10). Foi fácil flagrar a ação entre torcedores e vendedores do recipiente. Além da Baixada, a comercialização ocorre também de forma deliberada – em alguns casos nas dependências – no Couto Pereira e Vila Capanema.

São os ambulantes que preparam o pacote mesmo. A proposta de não estar em um copo ou garrafa é para facilitar a entrada no estádio, burlando a revista policial. Colocado em algum lugar de difícil acesso durante a inspeção da PM (como nas roupas íntimas, dentro do calçado – recomendações dos próprios vendedores), vários torcedores conseguem passar com o produto e podem beber assistindo ao jogo.

As bebidas podem ser misturadas com os refrigerantes que são vendidos nos estádios, o popular “batismo”. O preço acaba por não ser alto, já que o próprio produto final é simples. É fácil de encontrar sacolés por R$ 4 ou R$ 5 , além da ‘promoção’ de três por R$ 10,00.

Por não ser regulado, o preço varia de vendedor para vendedor e de uma bebida para outra.

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou no fim de agosto o projeto de lei 50/2017, que libera a venda e o consumo de cerveja e chope nos estádios do Paraná. O placar acirrado registrou 24 votos a favor e 20 contrários. 

Agora, restam apenas trâmites burocráticos e a sanção do governador Beto Richa para a volta definitiva da cerveja, proibida nos estádios paranaenses desde 2008.

A PM e o Ministério Público do Paraná (MP) são contra a liberação da venda e consumo de cerveja em estádios do Paraná, argumentanto que a proibição havia diminuído os casos de violência registrados em partidas de futebol.

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