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Com o ouro do tricampeonato em Pans na quarta-feira (26), a saltadora Maurren Maggi diz que quer e pode mais. "Vim pensando que poderia chegar a 7 metros. Estou me sentindo muito bem, muito confiante. Dá para pensar mais alto para a Olimpíada", afirmou, após saltar 6,94 m, sua melhor marca em 2011.

"Quero estar em Toronto [onde serão realizados os próximos Jogos Pan-Americanos, em 2015], terminar no Canadá, onde tudo começou", completou. Foi no mesmo país, na cidade de Winnipeg, que a paulista de 35 anos ganhou a primeira medalha no Pan.

Ao todo, o Brasil somou quarta-feira quatro medalhas de ouro, uma prata e cinco de bronze e segue na segunda posição do quadro geral, com 91 medalhas (33 de ouro, 21 de prata e 37 bronzes).

Se não fossem as medalhas do atletismo e do judô, Cuba teria alcançado o Brasil. A ilha caribenha terminou o dia com 30 ouros, 20 pratas, 28 bronzes (total de 78 medalhas).

No atletismo, além do primeiro lugar de Maurren, o Brasil conquistou outras duas medalhas de ouro que apontam para sonhos olímpicos em 2012. O baiano Leandro Oliveira venceu por apenas um centésimo a corrida dos 1.500 metros, com o tempo de 3min53s44. O equatoriano Byron Piedra ficou em segundo. Para definir quem venceu, a organização do evento teve de consultar a fotografia da chegada.

"Estou muito feliz, queria muito ganhar uma medalha porque tinha muita gente torcendo por mim", diz o soldado da Polícia Militar de São Paulo, que na próxima segunda-feira retorna da licença e volta a vestir farda.

"Agora, vou tentar baixar três ou quatro segundos para o índice olímpico. É possível que tente também nos 5.000 metros, porque, como comecei a correr tarde, aos 20 anos [ele tem 28], não tive treinamento de velocidade’, diz.

O terceiro ouro brasileiro no Estádio Telmex de Atletismo foi a volta por cima da paulista Lucimara Silvestre. Depois de cumprir dois anos de suspensão por doping, a atelta dominou as sete provas do heptatlo e, com 6.133 pontos somados, bateu o recorde sul-americano. "Sei que posso mais e conseguir a vaga para Londres", afirmou. Ela cravou o tempo de 51s87. O ouro ficou com a colombiana Yenifer Padilha com o tempo de 51s53 e a prata com Daysiurami Bonne, que fez 51s69.

As disputas no judô começaram com uma marca importante: com as três medalhas nas três categorias disputadas, o Brasil chegou à marca de 100 pódios, em 12 edições de Pan em que o judô foi disputado. Na categoria meio-pesado (até 100 kg), Luciano Corrêa ficou com o ouro ao vencer o cubano Oreydi Despaigne na final decidida no golden score - prorrogação onde quem pontua primeiro vence a luta. Luciano já havia enfrentado o caribenho três vezes na temporada no Circuito Mundial. Na quarta-feira, o venceu pela primeira vez.

O estreante em Pans Rafael Silva não teve o mesmo sucesso contra um cubano na final. Na categoria pesado (mais de 100 kg), o 8º melhor judoca do mundo perdeu para o cubano Oscar Rene Brayson e ficou com a medalha de prata no Pan de Guadalajara. Rene Brayson já havia sido campeão no Pan do Rio (2007).

Entre as mulheres, a peso pesado Maria Suelen Altheman (mais de 78 kg) perdeu a semifinal, mas venceu a decisão do terceiro lugar sobre a norte-americana Molly Elizabeth O’Rourke. Com um ippon com apenas 34 segundos de luta, ficou com o bronze.

Dos tatames para os ringues, os brasileiros somaram quarta-feira mais três bronzes no boxe. Mike de Carvalho (até 69 kg) empatou em 14 a 14 com o cubano Carlos Delvis Banteurt, atual medalhista olímpico de prata, mas perdeu a vaga na final por número de golpes dados.

Na categoria até 52 kg, Julião Henriques foi derrotado pelo dominicano Dagoberto Agüero Arias por 21 a 11 e ficou com bronze. No feminino, Roseli Feitosa também não conseguiu garantir presença na final, mas garantiu medalha. Na categoria até 75 kg, enfrentou a dominicana Yenebier Guillen Benitez e perdeu por 21 a 12. É a primeira vez que o boxe feminino é disputado em Jogos Pan-Americanos.

Robson Conceição venceu sua luta na semifinal na categoria até 60 kg e se tornou o primeiro brasileiro a avançar à final da modalidade no Pan, ao vencer o portorriquenho Angel Suárez por 27 a 8. Também seguiu à decisão do ouro o pugilista Yamagushi Fiorentino (até 81 kg), que nas quartas-de-final havia sido desclassificado por golpe não–permitido. Mas a análises de vídeo da luta fizeram os árbitros voltarem atrás. Na semi, venceu o mexicano Armando Piña por 27 a 11 e disputa o topo do pódio nesta quinta-feira (27).

Na estreia do basquete no masculino no Pan, a seleção venceu o Uruguai com um placar apertado: 80 a 71, com as duas equipes desfalcadas de seus principais jogadores. Vitória difícil também tiveram os rapazes do vôlei: 3 a 1 sobre os Estados Unidos. Para garantir a classificação antecipada nas semi, a equipe comandada pelo paranaense Rubinho, auxiliar-técnico de Bernardinho, precisava vencer uma das parciais. Já nos saltos ornamentais, a dupla masculina ficou perto do pódio. Cesar Castro e Ian Matos alcançaram a quarta colocação, com 377,79 pontos no trampolim de 3 m. "Foi por pouco. Ficamos esperando até a última dupla a saltar, mas não deu. Foi mérito deles: ganharam da gente. Fizemos o possível. Isso foi o legal. É uma motivação para tentarmos fazer melhor nas competições de amanhã", afirmou Castro, que nesta quinta disputa a prova individual.

A atleta mais jovem da delegação brasileira também ficou perto do pódio nos saltos ornamentais. Andressa Mendes ficou com o 5º lugar na plataforma feminina de 10 metros, com 279,95 pontos, 90,65 atrás da estrela mexicana Paola Espinoza, ouro da prova.

A seleção brasileira feminina de pólo aquático perdeu para a dos Estados Unidos por 13 a 1 e vai para a disputa da medalha de bronze contra Cuba, que foi superado pelo Canadá por 15 a 9. O jogo será na sexta-feira.

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