Cerca de 60 conselheiros, reunidos em assembléia na noite desta segunda-feira, aprovaram por unanimidade a proposta feita pela diretoria do Coritiba para a criação de um novo plano de sócios-torcedores. A idéia, que previa ainda a renegociação com proprietários de cadeiras inadimplentes também aprovada foi encaminhada ao Conselho Deliberativo no início de fevereiro.
O projeto é diferenciado e oferece aos torcedores várias opções de adesão. O acesso às arquibancadas estaria liberado aos torcedores por uma taxa mensal de R$ 30. Para as cadeiras da Mauá o valor seria R$ 45, para as cadeiras inferiores R$ 57 e para as superiores R$ 100. Também será criado um novo tipo de plano, chamado de sócio diplomata. Torcedores que moram a mais de 100 quilômetros de Curitiba poderão assistir aos jogos pagando o valor mensal de R$ 20.
De acordo com os cálculos feitos pela diretoria, o Coritiba disputa entre 30 a 37 partidas no Estádio Couto Pereira a cada ano, ou seja, três jogos por mês. Com o ingresso custando no mínimo R$ 15 (nas arquibancadas), a proposta se torna bem atraente. A meta inicial é "seduzir" cerca de 10 mil sócios.
O presidente do Conselho Deliberativo, Júlio Militão, gostou do resultado da assembléia. "Foi aprovado todo o plano trazido pelo Conselho Administrativo. Foi uma idéia muito boa, pois interessa ao Coritiba para seja aumentado o número de associados. Isso era uma carência do clube, veio em muito boa hora e foi aprovada por unanimidade".
Vários clubes do país, como Internacional, Grêmio e mais recentemente o Atlético, trabalham com projetos de sócios semelhantes. "É uma renda fixa e acertada. Todos os grandes clubes do país já fizeram isso e alguns times já possuem um número avançado de sócios. Esperamos que um número maior de torcedores venha a se associar ao Coritiba. Se 10% daqueles torcedores que lotam o Couto Pereira em jogos normais cerca de 30 mil se associarem, já estaremos satisfeitos", falou Militão.
Lançamento
A idéia do Coritiba é esperar que todos os "veranistas" e torcedores que estão de férias ou vão passar o carnaval nas praias e no interior voltem para a capital paranaense. Inicialmente, o lançamento deve ocorrer no dia 5 de março.
A diretoria do Coritiba, segundo o secretário executivo Luiz Henrique de Barbosa Jorge (conhecido como Espeto), está em fase final de preparação do projeto. "Estamos definidos mais alguns detalhes e a preparação de toda a mídia para a divulgação do plano está em fase final de produção. Estamos contratando temporários para cuidar do registro dos torcedores e vamos preparar o local para o atendimento, para evitar que se formem filas".
Além de facilitar o acesso do torcedor ao estádio, já que ele não precisará mais enfrentar filas nas bilheterias e terá acesso exclusivo nas catracas do Couto Pereira, serão feitas promoções, sorteios de brindes e outros atrativos para tentar fidelizar os torcedores. Os interessados receberão um boleto bancário em forma de carnê para pagar a taxa de sócio mensalmente.
Espeto comemora. "Ficamos muito satisfeitos. Agora podemos fazer um planejamento em cima desses valores. Tínhamos dificuldades para planejar porque a cada jogo dependíamos da bilheteria, que poderia ser frustrante em dias de chuva ou algo semelhante. Mais uma vez o torcedor Coxa vai mostrar a sua força e nossa meta é atingir 10 mil sócios na primeira etapa, mas se Deus quiser o número será maior que isso".
Cadeiras "esquecidas"
A proposta para a renegociação entre clube e proprietários de cadeiras cativas que estão inadimplentes também foi aprovada. "O pessoal das cadeiras, que em alguns casos estão em dívida desde 1965, pode entrar em contato com o clube. Vamos tentar renegociar os valores e facilitar o pagamento dos débitos para regularizar as pendências", concluiu Espeto. O telefone da secretaria do clube é (41) 3218-1931.
Esquerda tenta reconexão com trabalhador ao propor fim da escala 6×1
Jornada 6×1: o debate sobre o tema na política e nas redes sociais
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Deixe sua opinião