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Em meio ao clima quente propiciado pelas denúncias do vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, José Cid Campêlo Filho, de favorecimento a parentes do presidente do clube, Mario Celso Petraglia, na reforma da Arena da Baixada para a Copa de 2014, os conselheiros atleticanos se reúnem extraordinariamente na noite de hoje, a partir das 19 horas, em um hotel de Curitiba. Em pauta, os polêmicos contratos com empresas do filho e do primo de Petraglia. Campêlo, que não estará presente, espera o resultado do encontro para apresentar sua renúncia.

Segundo o presidente do Conselho, Antonio Carlos Bettega, a CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras – fará uma apresentação sobre o andamento do projeto.

"Depois, os conselheiros vão fazer perguntas. O objetivo é mostrar como estão sendo feitas as contratações, todo o processo legal", explica Bettega, pregando o máximo de transparência, independentemente da aprovação ou não do relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR) que considera dinheiro público os títulos do potencial construtivo cedidos pela prefeitura ao clube – se validado o documento, a fiscalização sobre a aplicação dos recursos na Arena se tornará mais rígida.

Campêlo mantém a posição da semana passada, de que pretende renunciar no dia seguinte à reunião. Por não concordar com a forma como está sendo executado o projeto, desligou-se da CAP S/A. "Tenho de ver o que vai acontecer amanhã [hoje]. Se for acusado de algo, precisaria continuar como vice-presidente do Conselho para me defender", explicou. Prevendo um clima hostil – a maior parte dos conselheiros é favorável a Petraglia –, ele não irá à reunião.

Dependendo da avaliação dos conselheiros, há a possibilidade da instauração de um inquérito disciplinar contra Campêlo. "Então, ele teria direito a ampla defesa", garante Bettega.

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