Depois de acompanhar as denúncias e boatos que ganharam a mídia nos últimos dias sobre supostas irregularidades em transferências de jogadores e "verbas não contabilizadas" pelo presidente do Paraná Clube, José Carlos de Miranda, o Conselho Deliberativo do clube convocou nesta quarta-feira uma reunião extraordinária. A sessão está marcada para o dia 30 de outubro para que seja formada uma Comissão Especial de conselheiros para investigar o caso.
O estopim para a convocação foi a matéria do repórter Marcio Reinecken, publicada nesta quarta-feira na versão impressa do jornal Gazeta do Povo. Na reportagem, o presidente Miranda admite ter recebido dinheiro de empresários que mantinham relações com o clube.
"Esses burburinhos já existiam há alguns dias, mas tudo culminou com a publicação da matéria na Gazeta do Povo de hoje, que tornou evidente que algumas coisas são algo mais do que apenas suposições", disse o presidente do Conselho Deliberativo do Tricolor, Luiz Carlos de Souza, à Gazeta do Povo Online.
A reunião será feita para que o conselho ouça o acusado e não cometa injustiças. "Não daria para deliberar por suposições. Ficou acertado que queremos esclarecimentos do conselho diretor, que ficou de apresentar para a próxima reunião alguns esclarecimentos sobre as transferências de alguns atletas e dúvidas sobre questões técnicas e a formação do elenco desta temporada, que caiu muito de produção".
Diante dos fatos recentes que incluem cópias de cheques e comprovantes de depósitos de dinheiro nas contas particulares de Miranda ficou decidido que uma comissão de conselheiros tomará conta do caso. "Com o agravamento das denúncias, hoje (quarta) estivemos reunidos durante a tarde e entendemos que havia material suficiente para convocarmos essa Comissão Especial de Investigação (CEI) para elaborar um relatório. Aí os membros do conselho podem analisar, discutir e votar este processo".
Eleições no meio do caminho
No dia 7 de novembro acontecem as eleições presidenciais do Paraná Clube. Depois de lutar para fazer o seu sucessor tentando inclusive alterar o estatuto do clube para tentar uma reeleição - José Carlos de Miranda abriu mão da presidência em favor de Aurival Correia, por enquanto candidato único.
O prazo para a entrega do relatório sobre as denúncias, que será formulado pela CEI, é de 30 dias. Estatutariamente as punições previstas caso Miranda seja "condenado" seria o afastamento, mas como já está afastado não se sabe o que vai acontecer com o dirigente. "As eleições são determinadas pelo estatuto e não posso propor uma alteração da data. Não podemos pré julgá-lo. Hoje ele admitiu algumas coisas e queremos ouvir o que ele tem para dizer. O estatuto só prevê afastamento em caso de punição, mas como não há histórico sobre o assunto ainda não sabemos o que vai acontecer", explicou Souza.
O presidente José Carlos de Miranda não foi localizado pela reportagem da Gazeta do Povo Online para comentar a convocação da sessão extraordinária.
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