Geninho reestreia hoje no comando do Atlético, com um grande desafio. Jogando em casa, contra o Rio Branco, às 18h30, ele vai tentar reverter o péssimo desempenho defensivo da equipe. Até este fim de semana, o Furacão foi a equipe que mais sofreu gols entre todos os times que estão na Série A do Brasileiro-11 (veja tabela ao lado).Nas 11 partidas que disputou no ano, sendo 10 pelo Paranaense e 1 pela Copa do Brasil, o time foi vazado em todos os confrontos, totalizando 20 gols sofridos, ou 1,81 por jogo. Logo atrás da equipe paranaense está o xará mineiro, com 1,8 por partida, mas entrando em campo apenas cinco vezes.
Diante deste desempenho pífio, Geninho diz acreditar que a solução esteja no esquema com três zagueiros. "Nós vamos saber [se deu resultado] a partir do jogo de domingo [hoje]. Na teoria, tudo é fácil. A prática é que vai demonstrar se estou certo ou errado, se precisa, em vez de jogar com um volante, colocar dois na frente desses zagueiros", explicou o treinador, ainda sem definir se Fransérgio ou Gabriel será o companheiro de Manoel e Rafael Santos.
A última rodada do primeiro turno vale pouco para o Furacão. Se vencer, o máximo que a equipe conseguirá é diminuir a diferença para o Coritiba na pontuação geral. Caso o Atlético vença o turno derradeiro, o segundo jogo da final será na casa daquele que tiver melhor campanha somando as duas metades do torneio.
Somando-se a isso a importância do jogo com o Rio Branco-AC, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, Paulo Baier será poupado. É a chance para Heverton estrear e para o time, com o novo comandante, reconquistar a torcida, que deve protestar antes do confronto. "Se de repente o torcedor não vier no número que costuma vir, temos de entender. Se vaiar, temos de entender. Ele não está contente com o time", ressaltou Geninho.
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Entrevista - Geninho, técnico do Atlético.
Você já consegue dizer quantos reforços vai precisar?
Não, é muito cedo. É muito prematuro eu chegar, fazer um coletivo e dizer o que eu preciso. Necessito de pelo menos uns dez dias para que eu tenha uma análise da situação para passar à diretoria. Mesmo assim, já senti que na defesa temos pouca gente. São cinco zagueiros. O ideal é que tenhamos seis. Em outras posições há um número um pouco excessivo.
Alguma coisa em especial te emociona no Atlético?
Quando eu vinha jogar contra o Atlético, talvez eu me emocionasse mais do que trabalhando aqui. Porque você vir contra e ser recebido como eu sempre fui aqui na Arena, acho que não emociona só o Geninho. Emociona qualquer ser humano, porque ninguém é insensível à maneira como o torcedor do Atlético sempre me recebeu aqui.
Na sua opinião, o Furacão já perdeu os dois primeiros meses do ano por erros de planejamento?
Nada é perdido. Muita coisa boa foi feita. O Atlético tem excelentes profissionais aqui. O Leandro [Niehues] teria condição de dirigir qualquer time no Brasil.
Os jogadores que vieram são de qualidade, a diretoria tentou acertar nas contratações, mas nem sempre se acerta em todas.
Não houve desperdício.
Uma boa parte do caminho foi trilhada. Precisamos de alguns ajustes e estamos tentando fazer isso.
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Ao vivo
Atlético x Rio Branco, às 18h30, na Rádio 98 (FM 98,9) e na transmissão interativa aqui no site