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O pagode com Arlindo Cruz acontece na quinta | Reprodução www.tcvultura.com.br/bembrasil
O pagode com Arlindo Cruz acontece na quinta| Foto: Reprodução www.tcvultura.com.br/bembrasil

Rio – Não se sabe quanto os Jogos Pan-Americanos vão custar de fato. O orçamento total – investimentos diretos e indiretos – é de cerca de R$ 5 bilhões, mas o prefeito do Rio, Cesar Maia, garante que as três esferas de governo não gastarão acima de R$ 1,75 bilhão. A União já alardeou gastos de R$ 1,8 bilhão.

"Minha conta é que de desembolso orçamentário teremos R$ 1,1 bilhão da prefeitura, R$ 600 milhões do governo federal e R$ 50 milhões do Estado (o Complexo do Maracanã está sendo custeado por medida provisória da União)".

Amanhã, a cidade estará a um mês do início extra-oficial do Pan – com o futebol feminino, no Estádio Olímpico João Havelange, dia 11 –, as obras estão em ritmo acelerado e a maioria ficará pronta às vésperas da cerimônia de abertura, dia 13 de julho. Só será possível concluí-las porque, na reta final, dinheiro não faltou e licitações foram dispensadas, sob o argumento da urgência.

Para o prefeito do Rio, os números foram inflacionados porque várias coisas colocadas na conta seriam realizadas mesmo se a cidade não recebesse o Pan. Se antes apregoou que o investimento total do município seria de R$ 2 bilhões, agora o prefeito subtraiu R$ 500 milhões da conta. "Serão R$ 1,1 bilhão em desembolso orçamentário e mais 400 milhões em PPPs (parcerias público-privadas, como o Riocentro e a Marina da Glória)", disse.

O Estádio Olímpico João Havelange, no Engenho de Dentro, foi o mais caro para a prefeitura. Orçado em R$ 166 milhões, a sede do atletismo e futebol atingiu a cifra de R$ 380 milhões e precisará de mais R$ 20 milhões para obras de urbanização ao redor e instalações provisórias para os Jogos.

As construções da arena multiuso, do Parque Aquático Maria Lenk e do velódromo, que estão no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, sofreram atrasos devido a problemas jurídicos. Os projetos foram revistos e simplificados para que os locais fiquem prontos a tempo. Em conseqüência, os valores das instalações caíram de R$ 220 milhões, R$ 206 milhões e R$ 24 milhões, respectivamente para R$ 119,1 milhões, 74,8 milhões e R$ 9,7 milhões.

Ao redimensionar o quanto o município investirá no Pan, Maia fez observações quanto ao total que o governo federal alega ter investido. Destacou que o empréstimo feito pela Caixa, de R$ 189,3 milhões, para a construção da Vila Pan-Americana, assim como os gastos com o plano de segurança, orçado em R$ 562 milhões, não deveriam ser colocados na conta.

Para chegar à cifra de R$ 1,8 bilhão, o governo federal contabilizou investimentos específicos com construções esportivas, como o Complexo Esportivo de Deodoro, R$ 119,8 milhões, além de R$ 56,8 milhões para instalações provisórias, dentre elas a arena de vôlei de praia, em Copacabana. Gastos com turismo, R$ 175 milhões, patrocínio, R$ 143,5 milhões, e infra-estrutura tecnológica, R$ 141,1 milhões, também foram computados.

De todos os parceiros públicos envolvidos no Pan, o governo estadual foi aquele que menos investiu, cerca de R$ 200 milhões. O valor aumenta para R$ 275,7 milhões se somadas as despesas indiretas – sistema de monitoramento por câmeras e um Batalhão de Polícia Militar erguidos na Barra da Tijuca, ponto central da competição.

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