
Adversário: Nacional pode ficar sem o goleiro reserva
Problemas estomacais têm sido causa comum de desfalques no Nacional. Contra o Iguaçu, por exemplo, foram três problemas dessa ordem. Hoje, a vítima ainda ninguém sabe se da água ou da comida é uma só, mas pode provocar um grande estrago no time de Rolândia. O goleiro Vinícius é dúvida. Se ele não jogar, entra Renan. E o time fica sem reserva para a posição. "Não temos terceiro goleiro. Mas o Geandro e o Bruno Matavelli (jogadores de linha) brincam no rachão, podem entrar", diz o técnico Gilberto Pereira, sem receio do improviso.
A passagem por Rolândia na primeira fase não poderia ter sido pior. No dia 8 de março, o Paraná perdeu o jogo (2 a 0) e o técnico Paulo Comelli no Estádio Erik Georg. Lembrança ruim que pelo menos parece ter servido como lição para mais um confronto com o Nacional.
"Escolado", o Tricolor preparou uma nova estratégia para a partida de hoje, às 15h45, agora pelo octogonal decisivo. Para complicar a forte marcação do adversário, favorecida pelas dimensões reduzidas do gramado, o técnico Wágner Velloso aposta em suas "torres gêmeas".
Sem o meia Bruninho, contundido, os grandalhões Wellington Silva e Clênio, dois centroavantes natos, formarão a dupla de frente tricolor. Antes, Velloso vinha utilizando apenas um atacante, com dois meias (Bruninho e Lenílson) auxiliando.
"A informação que a gente tem é que é um campo de tamanho pequeno. Por isso é bom fortalecer o ataque, principalmente com dois jogadores de área. Vamos ter muitas bolas aéreas, será importante explorar isso", comenta Velloso.
Era tudo o que Clênio queria. Será o retorno dele ao time após nove meses parado por causa de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito. Infelicidade ocorrida na partida contra o Vila Nova-GO, pela Segundona.
"Primeiramente, tenho que agradecer a Deus pela minha volta, depois de muito trabalho, dedicação. O momento é ótimo, oportuno, da volta por cima que o Paraná está dando. Quero contribuir com a minha garra", diz "El Loco" Clênio, como é chamado pelos setoristas do clube.
Contratado em fevereiro do ano passado junto ao Paranavaí (clube no qual foi artilheiro do Estadual com oito gols), ele marcou apenas uma vez com a camisa do Paraná, diante do Criciúma.
É o último sobrevivente da saga tricolor em busca de um camisa 9 em 2008. Passaram pela posição, Jéfferson, Massaro, Fábio Luís, Gílson, Leonardo e até Joélson foi improvisado no setor. Nenhum deles conseguiu se firmar.
Procura que este ano parece finalmente ter chegado ao fim com Wellington Silva. Jogador que, se não tem toda a aprovação da torcida, é o artilheiro do Paranaense com 8 gols.
O fato de ter características semelhantes às do companheiro não preocupa Clênio. "Somos dois atacantes de área. Mas assimilamos bem o que o Velloso nos pediu. Quando um sai para buscar a bola, o outro fica. Agora é colocar em prática".
Além de Clênio, o Tricolor terá duas novidades. A primeira na meta. Com Rodolfo expulso diante do Cianorte, Ney será o titular. Sem o zagueiro Luís Henrique, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Élton formará o trio defensivo com João Paulo e Leandro.
"Mais uma vez teremos algumas mudanças. Mas isso faz parte, o importante é que temos um grupo grande e forte", comenta Velloso.
Ao vivo
Nacional x Paraná, às 15h45, na RPC TV, Premiere e no tempo real aqui na Gazeta Online.
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Em Rolândia
Nacional
Vinícius (Renan); Marcão, Fabiano e Bruno Matavelli; Jackson, Russo, Barata, Bruno Flores e Renan Silva; Paulinho e Chris
Técnico: Gilberto Pereira
Paraná
Ney; Élton, Leandro e João Paulo; Araújo, Agenor, Edimar, Lenílson e Fabinho; Wellington Silva e Clênio
Técnico: Wágner Velloso
Estádio: Erik Georg
Horário: 15h45
Árbitro: Antônio Denival de Morais
Auxs.: Adair Carlos Mondini e Arestides Pereira da Silva
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