Entrevista
Assis, ex-jogador de Atlético e São Paulo.
A última fez que o Atlético venceu o São Paulo como visitante foi com um gol seu, em 1983. Você lembra dessa partida?
Foi um jogo marcante. Jogávamos pelo empate, mas o Atlético era muito ofensivo. Atacava com quatro, cinco jogadores de boa finalização. Nós não ficamos esperando o São Paulo, fomos para o jogo e surpreendemos. Em uma falta cobrada pelo Sóter, eu antecipei o Darío Pereyra e encobri o Valdir Peres, aos 28 do segundo tempo.
Você jogou antes no São Paulo (80 e 81). Como chegou no Atlético?
Eu fui para o Internacional em uma troca envolvendo o Mário Sérgio. Fui bicampeão gaúcho em 81 e 82 e depois segui para Curitiba. Eu e o Washington fomos trocados pelo Augusto e o Atlético ainda recebeu um dinheiro. Nós tivemos aquela boa fase, bicampeão paranaense em 82 e 83, além do terceiro lugar no Brasileiro de 83. Nesse jogo com o São Paulo, despontamos para o futebol brasileiro e o Fluminense nos contratou.
Para quem você vai torcer hoje?
Estou trabalhando no Fluminense. Fui campeão no Atlético e no São Paulo, mas torço mais para que o Atlético consiga quebrar este tabu por eu morar em Curitiba também.
São Paulo x Atlético
Barueri, 21h
São Paulo: Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Casemiro, Rodrigo Souto, Fernandão e Carlinhos Paraíba; Dagoberto e Ricardo Oliveira.Técnico: Paulo César Carpegiani.
Atlético: Neto; Deivid, Manoel, Rhodolfo (Rafael Santos) e Paulinho; Chico, Vítor, Netinho e Branquinho; Bruno Mineiro e Guerrón.Técnico: Sérgio Soares.
Estádio: Arena Barueri. Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS). Auxs.: Julio César Rodrigues Santos (RS) Marcelo Bertanha Barison (RS).
O meia Branquinho, o mais velho do provável time atleticano que enfrenta o São Paulo hoje, às 21 horas, era apenas um bebê de quatro meses quando o Furacão venceu pela última vez, como visitante, a equipe paulista. O resto da equipe rubro-negra não tinha nem nascido. Diante do tabu de 27 anos sem saber o que é uma vitória na casa do Tricolor paulista, o Atlético tentará nesta noite quebrar essa marca para voltar a integrar o grupo dos que se classificam para a Libertadores de 2011.
No dia 7 de maio de 1983, com um gol de Assis, a equipe atleticana venceu o São Paulo por 1 a 0. Depois ocorreram 12 partidas pelo Brasileiro em território paulista, com nove derrotas rubro-negras e três empates. Sem contar o revés na final da Libertadores de 2005, um dos motivos para a intensa rivalidade entre os dois clubes.
Como todas essas partidas ocorreram no Morumbi, o técnico atleticano Sérgio Soares argumenta que hoje a história pode mudar. "Primeiro que tabu só existe para ser quebrado. Segundo, que o jogo vai ser na Arena Barueri, então já tem uma situação diferente", disse o treinador. "Nós temos de ir lá pensando em vencer e consequentemente quebrar esse tabu", complementou o treinador.
Porém, para atingir o objetivo, Soares deve improvisar o volante Deivid, recém-recuperado de uma contusão, na lateral direita, já que Élder Granja está machucado e Wagner Diniz não pode jogar por estar emprestado justamente pelo São Paulo. Um problema que o ex-técnico rubro-negro Paulo César Carpegiani já tinha tido na época que comandava o Furacão, quando chegou a escalar o zagueiro Leandro na posição.
Carpegiani, aliás, deve ser o centro das atenções nesse confronto. Depois de dirigir o Atlético por 22 rodadas no Brasileiro, o treinador está há quatro jogos no São Paulo e utilizará tudo o que sabe sobre o Rubro-Negro hoje para manter a escrita. Do lado atleticano, a intenção é surpreender o ex-comandante.
"É uma reta final. Todo mundo está buscando o melhor para chegar lá em cima e o Atlético não é diferente. Vamos fazer uma coisa diferente lá para conseguir a vitória", afirmou o lateral-esquerdo Paulinho.
Mesmo com os 27 anos sem vitória como visitante, o volante Chico lembrou: é possível vencer. "No ano passado nós fizemos um grande jogo lá, estávamos vencendo por 2 a 1 até aos 42 de segundo tempo, quando eles fizeram um gol em impedimento. Mas a equipe mostrou que tem qualidade. Acredito que nós temos de pegar [o tabu] como uma motivação a mais e não como empecilho", afirmou o jogador, que só foi nascer quase quatro anos depois do famoso gol de Assis.
Ao vivo
São Paulo x Atlético, às 21 horas, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo.
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