Reservas do Assaí – que tem a volante Renata Costa, da seleção, como madrinha – durante jogo com o Novo Mundo| Foto: Marco André Lima / Gazeta do Povo

Hoje, às 15h45, Estados Unidos e Japão darão o pontapé inicial para a final da Copa do Mundo de Futebol Feminino no moderno estádio de Frankfurt.

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Apenas 15 minutos antes, em Curitiba, na acanhada Arena Vermelha, Novo Mundo e Foz Cataratas farão o principal clássico do futebol feminino paranaense, pela 3.ª rodada do Estadual, longe do glamour da decisão na Europa.

O Brasil, eliminado nos pênaltis pelas americanas nas quartas de final, tem uma situação bastante precária nos clubes. Apenas o Santos, base da seleção, e o Foz Cataratas, projeto surgido em 2010, são profissionais. No restante, impera a abnegação e o amor pelo esporte.

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O Novo Mundo usa o futsal como base. A equipe comandada pelo treinador Fernando Sfeir, 32 anos, é formada basicamente por jovens universitárias com idades entre 19 e 23 anos e tem parceria com a Faculdade Dom Bosco, onde o técnico dá aulas.

Duas vezes por semana, o time treina no campo. "Dificilmente eu tenho o grupo completo, pois nem todas conseguem dispensa do trabalho para treinar à tarde", contou o treinador.

O clube é o mais insistente no futebol feminino paranaense, mantendo o time há 11 anos. "Por falta de patrocínio, a gente quase parou. Quase ninguém investe no futebol feminino. Se uma equipe profissional como o Juventude não conseguiu manter um time, imagine a agente", disse o presidente do clube da região sul de Curitiba, Moacir Ribas Cezek.

Também no Campeonato Paranaense está o Assaí, que enfrenta hoje o Real Colombo, às 11 horas da manhã, em Colombo.

A presidente e novo reforço da equipe é a volante da seleção brasileira, Renata Costa, de 25 anos, que esteve na Copa do Mundo e dará um toque de experiência a uma equipe formada basicamente por adolescentes da escolinha que ela mantém junto com a família em sua cidade natal.

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"Faço o que está ao meu alcance para ajudar. Se não tentar, fica difícil. Temos muito pouco apoio e ele vem quase todo de uma loja de material esportivo que nos mantém", revelou a atleta, que tem o irmão, Pedro Costa, como treinador e ajuda a negociar os patrocínios da equipe.

A falta de estrutura do esporte no país continua a ser apontada como grande gargalo que causou a traumática eliminação no Mundial – nos pênaltis, após empate dos EUA nos acréscimos da prorrogação. "Enquanto as principais seleções faziam amistosos na Europa, nós treinávamos na Granja Comary. Só chegamos três dias antes da Copa", lamentou Renata.

"Falta investimento dos dois lados, privado e governo. A seleção tem medalha e potencial, mas falta investimento. Até as diárias são bem menores que no masculino", seguiu Sfeir. "Investe-se muito pouco aqui no Brasil. Dentro disso, podemos afirmar que a campanha acabou sendo magnífica", completou Cezek, fechando o rosário de reclamações e apelos.

Ao vivo

Japão x Alemanha, às 15h45, na Bandeirantes e SporTV 2

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