O jogo
Um dos mais aguardados jogos da Copa começou em ritmo alucinante. Müeller abriu o placar logo aos 2 minutos. Na etapa final, um massacre. Aos 22, Podolski avançou sozinho pela esquerda e deixou Klose sozinho para ampliar. A Argentina ruiu depois do gol. E levou o terceiro sete minutos depois, após Schweinsteiger fazer fila pela esquerda, chegar à linha de fundo e cruzar para trás. Com tranquilidade, o zagueiro Friedrich só completou para o gol. Klose ainda marcou o quarto aos 43.
Melhor em campo (Fifa)Schweinsteiger, Alemanha.
Depois da eliminação do Brasil, poucos dos torcedores brasileiros ainda esperavam viver um momento de intensa alegria na África do Sul. Mas ele apareceu. E nem demorou muito para as vuvuzelas voltarem a ecoar pelas ruas do país e os gritos de gol desfilarem animados garganta afora. Sem o time de Dunga em campo, ontem foi dia de torcer contra os hermanos que na véspera cumpriram sua parte na provocação com tremenda festa pelo adeus verde e amarelo do Mundial. A rejuvenescida Alemanha, então, ganhou o apoio da nação pentacampeã na sequência das quartas de final. Jogando um futebol eficiente e vistoso que bem poderia ser o da seleção brasileira, se o treinador fosse outro , os germânicos tiraram Messi e seus companheiros para dançar no Green Point, na Cidade do Cabo. O show de bola comandado por Schweinsteiger teve placar tão incontestável quanto a superioridade europeia: 4 a 0.
"A equipe mostrou uma vontade de campeã. Um resultado assim era inimaginável antes da partida", vibrou o técnico Joachim Löw, encantado com o massacre. O treinador explicou a estratégia para explorar a fragilidade argentina e anular a estrela Messi. "Os quatro ou cinco [jogadores] da defesa não agridem, e os quatro ou cinco do ataque não gostam de voltar para marcar", constatou o comandante da seleção alvinegra, que partindo daí, concluiu: "Disse aos meus jogadores que, se mantivéssemos a defesa argentina sob pressão, seríamos bem-sucedidos".
Quanto ao camisa 10 da Alviceleste, o jeito foi marcá-lo de maneira especial. "Sabíamos que era necessário neutralizar Messi. Deixei dois jogadores marcando-o e um na sobra. Funcionou. Neutralizamos completamente ele e Higuaín". Apesar de ter todo o planejamento bastante detalhado, a Alemanha se beneficiou de algo que não poderia ter previsto, marcar o gol mais rápido do Mundial. Uma bola cruzada na área aos 3 minutos foi desviada por Müller, colocando os europeus na frente e deixando a adversária na obrigação de ter de se expor para reagir. Explorar o contra-ataque é a especialidade do time de Joachim Löw, como ficaria provado no segundo tempo.
Após o intervalo, a Alemanha derrubou o sonho de virada do imaginário argentino. Foram mais três gols em jogadas rápidas. Klose fez dois. E essa pode ser a única má notícia para os brasileiros. O camisa 11 germânico chegou a 14 tentos em Mundiais, faltando agora 1 para igualar Ronaldo Fenômeno como o maior goleador das Copas. O zagueiro Friedrich marcou o dele em belíssima jogada de Schweinsteiger pela esquerda. Dia perfeito para a tricampeã. Ou quase, já que o habilidoso Müller recebeu o segundo cartão amarelo e não poderá enfrentar a Espanha na semifinal de quarta-feira.
A explicação para um time tão jovem, formado meses antes do Mundial, ir tão longe e de maneira tão convincente é a exigência do treinador. Ele não abre mão de um time alegre. "Isso torna o elenco mais unido", atesta o zagueiro artilheiro. "Existe também um poder de concentração muito grande, que nos deixa fortes nos momentos mais difíceis", complementou o camisa 3.
A união também está no menu que garantiu a indigestão argentina após a festa pela desclassificação brasileira. "Somos um grupo homogêneo, em que um atua para o outro e pelo outro. Temos um extraordinário espírito de equipe", definiu Müller, que encampou o discurso do "ainda não ganhamos nada". Para os brasileiros, já valeu o título.
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