Ao invés de esconder o jogo, Uruguai convida "espião" francês para almoço

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Alguns treinadores têm por hábito esconder o jogo e manter torcedores e imprensa à distância, às vésperas de uma partida importante. Mas o técnico da seleção uruguaia, Oscar Tabaréz, mostrou que não é adepto do suspense e, a menos de dez dias de estrear na Copa do Mundo diante da França, pelo Grupo A, abriu as portas de seu centro de treinamento, em Montevidéu, para Erik Mombaerts, responsável pela equipe sub-20 francesa, e observador de Raymond Domenech – técnico dos Azuis. Mais que isso, Tabárez recebeu o visitante com um almoço na concentração uruguaia.

"Ele quis vir conhecer a concentração uruguaia e eu achei interessante que visse algumas coisas", explicou Tabárez, admirador confesso de Mombaerts, autor do que considera "o livro de cabeceira de todos os treinadores".

Mombaerts já havia assistido à vitória uruguaia por 4 a 1, no amistoso contra Israel, no último sábado, e acompanhou a última atividade da equipe sul-americana, que segue para a África do Sul na sexta-feira. Tabárez justificou a hospitalidade dizendo que não acredita que haja maneira de manter segredos dos adversários nos dias atuais.

"Não se pode levar nenhuma informação secreta, porque hoje em dia se sabe de tudo. Foi o encontro de duas pessoas que se respeitam muito profissionalmente", disse.

Tabárez mantém seu discurso para falar das expectativas para o duelo com os franceses, no dia 11 de junho, às 15h30m (de Brasília), na Cidade do Cabo. Para ele, a partida será definida dentro das quatro linhas, independentemente dos fatores extracampo.

"Já tenho a ideia de como vamos jogar essa partida, mas são os jogadores que devem saber o que fazer. Respeitamos muito a seleção francesa, mas acho que nosso time pode complicar o jogo para eles".