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Brasil

Costa do Marfim e Portugal jogam em sistemas parecidos: uma linha de quatro na defesa, um volante fixo, dois meias, dois meias-atacantes abertos e um atacante. A versatilidade dos meias-atacantes faz o time ir do 4–5–1, quando é atacado, ao 4–3–3, quando ataca. Contra o Brasil, porém, em poucos momentos deixaram a primeira formação.

A diferença foi Kaká contra os marfinenses. Ele deixou Luís Fabiano e Elano na cara do gol, lances que, so­­ma­­dos ao golaço do camisa 9, construíram a vitória. On­­tem, sem Kaká, suspenso – além de Robinho, poupado –, o Brasil não fez ideia de como vencer a marcação.

O campo ao lado mostra a armadilha armada pelo técnico Carlos Queiroz. Ele optou por colocar um lateral-esquerdo, Duda, na vaga de meia-atacante que era ocupada por Cristiano Ronaldo. O astro foi deslocado para o ataque, no lugar do centroavante Hugo Almeida. Quando viu que poderia atacar mais, colocou Simão no lugar de Duda e chegou a dominar a partida. Sem espaço no meio de campo, o zagueiro Lúcio foi a principal opção para levar a bola ao ataque brasileiro.

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Chile

Mesmo com a vantagem do empate contra a Espanha, o Chile – adversário do Brasil nas oitavas de final – decidiu ir para o ataque no início da partida de ontem. Estava melhor quando o goleiro saiu da área para interceptar uma jogada e foi encoberto por David Villa. O segundo gol, de Iniesta, veio na sequência. Ou seja, a ofensividade abriu espaços para a qualidade dos espanhois decidir. Por causa dessa característica, o estilo de jogo chileno se torna um prato cheio para a seleção brasileira, sua forte marcação e contra-ataques rápidos. Os dois jogos pelas Eliminatórias já deixaram isso claro.

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