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Kuyt deu o passe para o gol de Sneijder e depois levantou-o na comemoração | Oleg Popov/ Reuters
Kuyt deu o passe para o gol de Sneijder e depois levantou-o na comemoração| Foto: Oleg Popov/ Reuters
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Poucas horas antes de o Brasil ga­­rantir a vaga nas quartas de fi­­nal, a Holanda já havia feito a par­­te dela, ao bater a Eslováquia por 2 a 1, em Durban. Agora, se pre­­para para enfrentar a "arrogância brasileira", conforme de­­finiu o técnico Bert van Marwijk. Não se trata, porém, de uma censura ao comportamento do time de Dunga e, sim, de um elogio à moda holandesa.

Van Marwijk disse admirar o adversário de sexta-feira. "O Bra­­sil é uma equipe sólida, estável, que se defende com até seis jogadores e sabe atacar", analisou. "Tem essa arrogância positiva de que parece invencível. Seria bom que nós também tivéssemos isso." Ele gosta do termo. Após a vi­­tória por 2 a 0 sobre a Dina­­marca, na estreia, disse que seu próprio time foi arrogante. O treinador acredita que algumas ve­­zes isso pode tornar a seleção mais forte e em outras atrapalhar.

O holandês entende que, pela primeira vez nesta Copa, seu time vai ter a vantagem de não entrar em campo como favorito e, portanto, com a obrigação de vencer. "O Brasil é uma grande equipe, mas não invencível. A responsabilidade, a pressão e a superioridade que representa podem jogar contra os brasileiros", espera.

Van Marwijk foi um dos poucos a falar claramente sobre o confronto com o Brasil. Os jogadores preferiam dizer que o momento era de comemorar a classificação. "Va­­mos relaxar agora, de­­pois eu falo do Brasil", disse Rob­­ben, que voltou a ser titular ontem, recuperado de lesão, e marcou o primeiro gol. O atacante, porém, citou o próximo ad­­versário ao comentar que o time ainda precisa melhorar: "A partida perfeita da Holanda está por chegar. Talvez chegue contra o Brasil."

O volante De Jong chegou a se irritar com as perguntas sobre o duelo contra a seleção brasileira, que jogaria à noite [horário local] contra o Chile. Mas garantiu que não há sentimento de vingança pela eliminação nas Copas de 1994 e 98. "É apenas mais um jogo de futebol. Entre duas grandes equipes, mas só um jogo." De Jong, de 26 anos, era criança na­­quelas ocasiões.

O técnico admite que seu ti­­me terá de melhorar muito se qui­­ser derrubar o Brasil. Ele percebeu vários erros contra a Es­­lo­­váquia. "Não estivemos bem no último passe. O adversário po­­deria até ter empatado. Sorte que nosso goleiro [Stekelenburg] nos salvou com duas grandes defesas."

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