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Em um protesto contra o uso de peles de animais na moda e no esporte realizado no início da tarde desta quinta-feira, em Hyde Park, centro de Johannesburgo, 32 ativistas representaram as seleções que disputaram a Copa do Mundo da África do Sul. Mas nada de camisas das equipes. Aliás, nem camisas nem shorts nem meiões, quase nada. Apenas com tanguinhas e com os corpos pintados com as cores de cada país, os protestantes chamaram a atenção de pedestres e motoristas que passavam pelo local.

"Nós não queremos peles! Nós não queremos peles!", entoaram os ativistas, que seguravam também uma placa com a inscrição 'una-se contra a crueldade. Não use peles'.

Aproveitando o dia sem jogos na Copa, membros da People for the Ethical Treatment of Animals Asia (Peta) fizeram um agradecimento à Fifa por usar no Mundial uma bola fabricada com materiais 100% sintéticos. A mal falada Jabulani, criticada por quase todos na África do Sul por sua leveza e curvas que desafiam as leis da física, enfim ganhou adeptos.

"Ela é uma bola com couro sintético e ficamos muito felizes por isso. Mas infelizmente muitos jogadores ainda utilizam diferentes tipos de couro nas suas chuteiras", lembrou Ashley Fruno, diretora da Peta.

Entre os ativistas, o rapaz pintado com as cores da Espanha e a moça exibindo as cores holandesas deixaram a final da Copa de lado e lembraram o mais importante para eles: cuidados para os animais.

"Estou vestindo minha própria pele, assim como fazem os animais. Estou usando as cores da Holanda então espero que a Holanda vença, mas não estamos aqui por isso e sim para lembrar como é absolutamente cruel a forma como são tiradas as peles de muitos animais", disse a bela 'holandesa'.

"Sim, é como fazem com os coelhos. Eles arrancam as pelas com os bichos ainda vivos e deixam os corpos largados no chão. Centenas de milhares de animais sofrem com isso", completou o 'espanhol'.

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