Zakumi é a mascote oficial da Copa do Mundo de 2010 da África do Sul. É um leopardo, de cabelo verde, que normalmente está segurando uma bola, e que o nome significa "vem aqui" em algumas línguas sul-africanas.
Não há dúvidas de que o boneco oficial do Mundial é o campeão de vendas entre os milhares de suvenires na competição sul-africana. Contudo, há um concorrente "genérico" que está fazendo um sucesso inimaginável.
São bonecos de madeira pintados com os trajes de 20 seleções da Copa do Mundo. Eles não chegam a assustar a Fifa, até porque são produzidos em uma escala bem reduzida. Mas quem vai à Praça Nelson Mandela, se não compra um, ao menos leva como recordação uma foto ao lado do ornamento. Eles viraram a atração do local e, nesse quesito, só perdem para a estátua de Madiba como o líder pacifista é conhecido na África do Sul.
"Estamos vendendo mais de cem por dia", conta a artesã Thato Osibtho. "O preferido é o da África do Sul. Mas depois vem o do Brasil, que é muito parecido, e o da Holanda, que é o que mais chama a atenção (é cor de laranja)."
Thato explica que os bonecos são feitos de madeira e foram inventados na Indonésia. Lá, são esculpidos em galhos de árvores ou troncos. Já na versão sul-africana, mais "industrial", ganharam novos tamanhos e foram desmembrados para poderem ser transportados nas bagagens. Afinal, o maior deles é do tamanho de um zagueiro de futebol. Tem 1,85 m.
Os chamados "Soccer Men" também têm um preço bem mais salgado do que o Zakumi. A mascote da Copa, de tamanho médio, é encontrada por cerca de R$ 50. Já o menor boneco de madeira na forma de jogador do Mundial, que tem 80 centímetros de altura, custa três vezes mais, R$ 150. O médio (135 cm) R$ 350, e o tamanho natural cerca de R$ 550.
"É muito engraçado. Ao mesmo tempo é o mais original para se levar para casa", diz Mr. Chen Chao, um chinês que, mesmo com sua seleção fora do Mundial, veio para Johannesburgo com os amigos curtir a movimentação.
Ele não comprou o boneco naquele dia, pois não gostou da versão da Coreia do Norte único em vermelho, que daria apenas para trocar o escudo. Ele tinha cabelos pretos, e era mais moreno do que o encontrado nos países asiáticos.
Já o do Brasil parece o zagueiro Luizão. "Você pode comprar vários artesanatos típicos da África do Sul, mas só este mostra que foi comprado na época da Copa do Mundo, pois é uma edição limitada", faz propaganda Tatho.
Contudo, com uma boa olhada se descobre algo que tira um pouco o charme do Soccer Men: ele não é todo de madeira como se imagina. Dividido em três partes, apenas o tronco parece ser todo natural. Os pés e a cabeça, às vezes descascam e se vê uma espécie de resina modeladora. Enfim, é o comércio da Copa.
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