• Carregando...

Concentração

Rio deve ser a casa da seleção

Se a divisão do país não está definida, um fato leva a crer que na região em que o Brasil jogará deve estar o Rio. Ontem, Ricardo Teixeira confirmou que a concentração do Brasil será lá. E que, para isso, irá construir uma nova sede da entidade e um outro centro de treinamentos para a seleção. Ele será localizado na Barra da Tijuca.

"O projeto está em andamento (foi lançado no fim de 2009). E o Rio tem a estrutura para abrigar a seleção", disse Teixeira. "Não está determinado ainda (a concentração do Brasil), isso será conversado no Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, que ainda não foi formado. O Brasil pode se concentrar onde quiser. E devemos nos concentrar no Rio. Mas isso não está determinado, pois a comissão do Comitê Organizador ainda não foi formada", completou.

Antes dessas definições, no en­­­­tan­­­­to, o presidente da CBF corre te­­­rá de definir onde será realizado o sor­­teio das eliminatórias da Copa do Mun­­do no Brasil, que deverá ocorrer ­­da­­­qui a um ano, em 31 de julho de ­­2011. "Temos de escolher a cidade que poderá melhor receber o sorteio, prin­­cipalmente, pois o prazo que te­­­mos para definir isso é curto", disse Tei­­­­xei­­­­ra.

Para a Copa da África do Sul esse mesmo evento ocorreu em novembro de 2010, em Durban. Apenas a América do Sul não necessita de sorteio, pois todos jogam contra todos.

O que era apenas uma ideia em estudo pela manhã, virou realidade no começo da tarde: em 2014, o Brasil será dividido em regiões para evitar grandes deslocamentos dos torcedores. O estudo da medida foi confirmado por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, em coletiva no Soccer City, e logo depois oficializada pela Fifa. É o primeiro respingo da Copa da África do Sul na organização brasileira. "O Brasil é um continente, não um país", justificou o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke.

O anúncio ocorreu um dia depois da realização da semifinal entre Alemanha e Holanda, em Durban, quando vários torcedores das duas equipes acabaram perdendo a partida mesmo tendo o ingresso na mão. Tudo porque o congestionamento aéreo no aeroporto de Durban fez com que o avião deles não pudesse pousar na cidade e tivesse de voltar para o local de origem.

Em um efeito dominó, houve atrasos em vários outros aeroportos do país.

Assim, esse também virou o problema principal da CBF. E Ricardo Tei­­xeira, para deixar uma boa im­­pressão, atacou diretamente a questão, praticamente ignorando outros problemas, como os estádios, por exemplo. "Temos noção dos três grandes problemas que temos para a Copa: em primeiro lugar, aeroporto; em segundo, aeroporto; e, em terceiro, aeroporto", disse o dirigente.

A divisão do Brasil para a Copa deverá ser feita em quatro partes, e valerá apenas para a primeira fase. Embora o plano não tenha sido detalhado, não é difícil se imaginar como ficaria essa configuração: para cada dois grupos, três cidades próximas.

No caso, Curitiba e Porto Alegre estariam juntas, provavelmente com Cuiabá ou São Paulo. Se a capital paulista perder terreno para a abertura, o que deverá ser decidido até o fim do mês, cairia no grupo do Sul, o que traz perspectivas de jogos com grandes seleções no Paraná. "Existe uma ideia de dividir o Brasil em quatro para evitar que haja grandes deslocamentos de torcedores, mas não tem ainda definido como [será feito]" afirmou Teixeira.

O simples fato de a divisão ocorrer deverá fazer com que Curitiba receba, no mínimo, entre quatro e cincos jogos na Copa de 2014: quatro na fase inicial e outro que poderá ser das oitavas ou quartas de final. Outro aprendizado que a CBF teve na África do Sul foi não sobrecarregar os gramados com excesso de jogos. Dessa forma, na primeira fase, todas as praças esportivas deverão receber o mesmo número de partidas. Manter grupos em cidades próximas foi uma prática que ocorria até 1990, na Copa da Itália.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]