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A poucos dias do início da Copa, o representante comercial brasileiro Osmar Pereira foi sequestrado por uma gangue especializada em Johannesburgo, torturado e ameaçado de morte. Com queimaduras feitas por um ferro de passar roupa nos pés, na barriga e no peito, ele foi resgatado ontem pela manhã por uma unidade de elite da polícia sul-africana que é conhecida como "Hawks’’ (Falcões).

Pereira, 58, caiu num golpe conhecido como "esquema 419’’, em referência a um artigo do código penal da Nigéria. Em e-mails bem elaborados, quadrilhas formadas sobretudo por nigerianos atraem estrangeiros ao prometer negócios vantajosos.

Pereira representa a Terra Industrial S.A., com sede em Belém (PA), especializada em móveis de madeira. O contrato seria para a venda de portas a serem usadas na reconstrução do Iraque.

Ao chegar a Johannesburgo para fechar o negócio, na terça-feira, ele foi sequestrado. Levado a um cativeiro na região leste da cidade, Pereira permaneceu amarrado.

Os golpistas entraram em contato com a Terra Industrial e, ainda fingindo serem empresários, pediram US$ 70 mil como sinal para o negócio. O dinheiro foi depositado numa conta bancária em Hong Kong, diz a polícia.

Para o embaixador do Brasil no país, José Vicente Pimentel, não há motivo para alarmismo. "É caso isolado, de vítima de golpe planejado com antecedência. Não foi sequestrado por ser turista.

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