Um prêmio e um castigo. Adotando um forte esquema defensivo, a Suíça havia derrotado a Espanha na estreia. Ontem, viu seu antijogo colocá-la na história das Copas do Mundo como a seleção que permaneceu por mais tempo sem sofrer gols. Somando a defesa intacta do torneio anterior com a desta edição, completou 558 minutos sem buscar uma bola na rede, derrubando a marca que era da Itália de 1986 e 1990 (551). Mas esse mesmo comportamento ultradefensivo custou caro aos suíços, que em um lance de desatenção perderam para o Chile por 1 a 0 no Estádio Nelson Mandela. Com isso, o time sul-americano chega a seis pontos e joga por um empate com a Espanha, na sexta-feira, para avançar às oitavas de final sem depender do que a Suíça conseguir fazer contra a pouco expressiva Honduras. Ao time europeu, resta vencer os centro-americanos na rodada final para ainda terem chances de seguir na Copa do Mundo.
A expulsão de Behrami foi determinante para o andamento do duelo. E polêmica. Antes, os suíços seguravam bem o ímpeto adversário e quase não tomavam sustos. O cartão vermelho, aliás, resume bem o confronto até aos 30 minutos do primeiro tempo: faltoso e violento. Mas os europeus afirmam que o lance entre Arturo Vidal e Behrami não era nem para cartão amarelo. O árbitro Khalil Al Ghamdi foi muito criticado e torcedores suíços já falam em criar uma campanha contra o juiz.
Com a exclusão do suíço, o Chile tomou conta do jogo. Mark Gonzalez, porém, só conseguiu marcar aos 28 minutos da etapa final, encerrando a invencibilidade do ferrolho suíço.
"Essa expulsão complicou a tarefa de nos defender durante 60 minutos contra um time como o Chile. O lance não era nem sequer para amarelo. É claro que estou chateado", reclamou o alemão Ottmar Hitzfeld, técnico da Suíça, recebendo coro até do chileno atingido por seu pupilo. "Ele [Behrami] me deu um golpe no pescoço, uma cotovelada. Mas não pensei que fosse ser expulso, pois acho que não foi de propósito. Nós gostamos da decisão", falou Vidal. "A Suíça se fecha bem atrás. Eles não tiveram ocasiões claras como nós, mas era uma partida que tínhamos de ter paciência", comentou Marcelo Bielsa, o argentino que comanda a equipe sul-americana.
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