Enquanto aguardamos o jogo das 15h30 para saber se a seleção brasileira está entre as que dão esperança à torcida, como Argentina e Alemanha, ou entre as outras, que só dão preguiça, aproveito para remoer um pouco as grandes questões filosóficas que este Mundial me inspira.
Primeira grande questão filosófico-existencial: como é possível que eu tenha vivido até hoje sem nunca ter ouvido falar em vuvuzela?
Era só eu ou você também nunca tinha ouvido o nome daquele instrumento de tortura? Pois agora todo mundo fala dela com uma familiaridade de amigos de infância. Parece que cada brasileiro cresceu ganhando uma nova vuvuzelinha a cada Dia das Crianças. Onde andavam as vuvuzelas até o Mundial da África do Sul? Por que elas não voltam para lá?
Segunda grande questão filosófico-sonora: como eliminar as vuvuzelas, se elas proliferam como aranhas-marrons escondidas no sótão em meses de verão?
Escondo as desgraçadas cornetas embaixo da cama e atrás da porta (tem uma pequenininha que guardei no cesto de roupa suja) e, de repetente, elas voltam. Não pelas mãos e bocas de meus filhos (aqueles pequenos torturadores...), mas dos vizinhos e outros seres enlouquecidos que saem da caverna nesta época. Que tal fazermos um pacto social antivuvuzela e pró-sanidade mental?
Terceira grande questão filosófico-futebolística: o som da vuvuzela ajuda uma seleção a ganhar o jogo?
A julgar pelo empate entre África do Sul e México, a corneta é como macumba inócua.
Quarta grande questão filosófico-linguística: não existe a vogal "o" nas palavras do vocabulário sul-africano? Preste atenção: vuvuzela, Tshabalala, Bafana, Madiba...
Quinta grande questão filosófico-freudiana: é minha impressão, ou o Maradona precisa de um psicanalista, daqueles que não deixam o paciente levantar do divã enquanto não repassar tudo que lhe aconteceu na vida, na vida dos pais e dos vizinhos? O homem é obcecado pelo Pelé, parece que só sobreviveu às intempéries de uma vida desregrada para superar o Edson Arantes do Nascimento em alguma coisa.
Como não conseguiu roubar do Edson o título de Rei do Futebol, quer pelo menos ser o "Príncipe do Futebol que também ganhou uma Copa como treinador". O pior é que pode conseguir... Mas precisa falar tanta asneira?
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