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Juliana Dijktska, 12 anos, comemora a classificação holandesa na colônia em Carambeí | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Juliana Dijktska, 12 anos, comemora a classificação holandesa na colônia em Carambeí| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Mais de 250 pessoas se reuniram na Casa da Memória, em Caram­­beí, nos Campos Gerais, para assistir ao jogo Brasil x Holanda. A torcida, apesar de composta por imigrantes holandeses e seus descendentes, era amplamente destinada à seleção brasileira. Uma minoria preferiu manter-se fiel às origens, comemorando o triunfo da Laranja Mecânica.

Enquanto provavam bitterballen, uma espécie de croquete típico holandês, sopa de ervilhas e a brasileiríssima mandioquinha frita, a torcida trocava provocações. "Eu queria que o Brasil ga­­nhasse e que a Holanda não perdesse", era o sentimento da imigrante Anneke Slob de Geus, 71 anos, que ostentava um figurino laranjado. "Meu palpite para o jogo era de 2 a 2, mas não en­­tendo nada de futebol e me disseram que não poderia ser esse o placar. Os holandeses têm mais técnica, mas os brasileiros jogam mais bo­­nito. É difícil torcer para um só", dizia no intervalo do jogo. Sua filha, Jaqueline, 36, teve que aguentar as brincadeiras da mãe. "Claro que não en­­tramos em conflito, mas rolam provocações."

Mesmo entre as gerações nascidas no Brasil, alguns optaram por defender a Holanda. "Fizemos su­­co de limão com o verde do Bra­­sil, porque nas minhas veias corre su­­co de laranja", comemorou Mário Dijkstra, 30 anos.

Outro torcedor "fanático" ho­­landês, Tho­­mas Woors­­luys, diz que prefere o time do país de seus antecedentes para manter viva a tradição e também pelo primeiro título. "O Brasil já tem cinco Copas e a Holanda nenhuma", contabiliza. A mesma razão move a paixão de Juliana Dijkstra, 12 anos, pela Holanda. De vuvuzela verde na mão, mas com uniforme ho­­lan­­dês, ela foi um dos destaques da torcida contra o Brasil. "Vocês já têm muitos (títulos), agora é a vez da Holanda".

"Já estamos no clima de comemoração do centenário da imigração (a colônia foi estabelecida em 1911)", diz uma das lideranças da colônia, Dick de Geus. Festa de uma cor só: laranja.

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