O presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse na terça-feira (22) que está confiante de que a Copa do Mundo, realizada pela primeira vez na África, irá resultar na geração de empregos e em crescimento econômico.
"O evento em si criou tal oportunidade que nossa economia não será do mesmo tamanho depois da Copa do Mundo de 2010. Certamente, portanto, o PIB irá crescer em relação a onde estava", disse Zuma à TV Reuters Insider. "Estamos confiantes de que os números do emprego irão crescer."
O desemprego na África do Sul está oficialmente em 25 por cento, mas analistas dizem que a cifra pode chegar até a 40 por cento.
O presidente sul-africano disse que as greves registradas nesta época não foram programadas para prejudicar a Copa - segundo Zuma, elas acontecem porque junho e julho são as épocas tradicionais de negociações salariais.
"As greves são sempre uma questão preocupante, mas não há nada extraordinário, porque estamos lidando com o que sempre lidamos durante esta época", afirmou Zuma.
Sindicatos que representam funcionários da empresa elétrica Eskom estão envolvidos numa negociação que, se não der certo, pode provocar uma greve ainda durante a Copa.
Também já houve greves ou ameaças envolvendo transportes, empresas de segurança e controle imigratório nos aeroportos.
Analistas estimam que um mês de Copa possa ampliar o PIB local em até 0,5 ponto percentual em 2010. Em maio, uma pesquisa da Reuters apontou previsões de 0,1 a 0,7 por cento para o crescimento sul-africano.
O governo gastou cerca de 40 bilhões de rands (5,4 bilhões de dólares) em infraestrutura, inclusive na melhoria de estradas e aeroportos.
Um estudo da empresa de contabilidade Grant Thornton apontou que os estrangeiros injetariam 13 bilhões de rands na economia local durante a Copa, e que o impacto no PIB - incluindo gastos indiretos e investimentos em infraestrutura - chegaria a 93 bilhões de rands.
Zuma disse mais tarde a um evento Reuters Newsmaker que a Copa pode acelerar o crescimento da economia, a maior da África. "Vemos a Copa do Mundo como um catalisador do desenvolvimento", afirmou, destacando a criação de empregos e o desenvolvimento da infraestrutura.
Ele celebrou também a visibilidade do seu país no cenário global. "O mundo desceu para o Sul e experimentou a África do Sul como país (e como) um importantíssimo destino de investimentos."
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