Coreia do Sul passa às oitavas fora de casa pela primeira vez

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A Coreia do Sul passou sufoco ontem para se garantir nas oitavas de final. Por 26 minutos, chegou a estar fora das oitavas de final da Copa do Mundo sul-africana. Enquanto a Argentina só empatava com a Grécia, os asiáticos so­­friam um gol de Uche, aos 12 minutos de jogo, o que levaria os gregos às oitavas de final. Apoiada nos erros nigerianos, arrancou o 2 a 2 que a colocou na fase final. Seu primeiro duelo será contra o Uru­­guai, no sábado.

"Foi uma situação dura [sair atrás no placar]", admitiu o técnico sul-coreano, Huh Jung Moo. "Po­­rém, os jogadores mantiveram a calma", completou. Pela primeira vez a equipe passou da fase de grupos sem ser a anfitriã do torneio, feito exaltado pelo principal jogador do time, Park Ji Sung. "Nosso objetivo era alcançar as oita­­vas. Pela primeira vez obtivemos esse êxito fora de casa. Todos nós sabemos o quanto isso é importante. Pude perceber o quanto o futebol sul-coreano evoluiu ao ver a equipe superar a pressão", afirmou o astro.

Enquanto a Coreia do Sul se recupera da eliminação precoce na última Copa, ainda na primeira fase, a Nigéria segue sem apresentar uma boa campanha em Mun­­diais. De fora em 2006, a última vez em que avançou às oitavas de final foi em 1998. Além disso, os nigerianos já são a segunda seleção africana eliminada nesta Copa, se juntando à anfitriã África do Sul.

"Fiquei muito decepcionado porque estou convencido de que merecíamos mais. Lutamos o tempo todo, até conseguir o empate final, mas infelizmente não foi su­­ficiente. Caímos lutando", avaliou o sueco Lars Lagerback, técnico da Nigéria. O discurso foi semelhante ao do goleiro Enyeama, protagonista de uma das cenas mais marcantes da Copa do Mun­­do, ao deixar o campo chorando na derrota para a Grécia, quando falhou no gol da virada. "Me sinto muito mal pelos nigerianos que nos apoiaram. Eu só queria pedir desculpas por ter decepcionado o país inteiro, o continente inteiro. A culpa é toda nossa", falou, claramente abor­­recido com o fracasso prematuro do time, que teve boas chances para sair de campo com a vitória.

O técnico sul-coreano admitiu que a equipe deixou um pouco a desejar, pois sofreu com o contra-ataque nigeriano – o que indica que terá o mesmo problema contra o Uru­­guai, que sabe aproveitar bem esse artifício. "O futebol asiático está em alta. Mas ainda existe uma diferença grande para o resto do mundo, e precisamos trabalhar mais para reduzi-la", finalizou Huh Jung Moo.