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Nem o mais otimista dos torcedores poderia imaginar que a Nova Zelândia se classificaria para disputar a segunda Copa do Mundo de sua história, na África do Sul, quem dirá chegar na terceira rodada da fase de grupos com chance de avançar ao mata-mata. O mais inusitado é que, dentre os 23 convocados pelo técnico Ricki Herbert, um veio diretamente de um banco da capital Wellington.

Com 28 anos, o meia Andy Barron tentou manter em segredo a sua outra profissão. No entanto, no dia 15 de novembro de 2009, um dia após a classificação dos "All Whites" para o Mundial, uma equipe de TV apareceu em seu banco e o seguiu de perto. O seu segredo foi revelado:

"Tentei esconder, confesso. Não que eu não tenha orgulho de defender o meu país, mas porque não sou o tipo de pessoa que se vangloria. Entendo que poderia parecer incomum as pessoas não saberem que eu era um jogador de futebol, mas é assim que as coisas são por aqui. Somos um país descontraído e não me incomoda se as pessoas sabem ou não que eu sou um 'All White'. Aqui não é, como, digamos, na Inglaterra, onde os jogadores são celebridades," explica Barron, em entrevista o site oficial da Fifa.

O meiocampista mantém a sua rotina de treinamentos, jogos e sempre de olho em seu 'smartphone' (celular multifuncional) para nunca se descuidar de seus clientes.

"Sim, estarei de volta. O Banco tem sido muito bom comigo ao ter me dado estas seis semanas para a Copa do Mundo e, se continuarmos da maneira como estamos, talvez seja necessário pedir-lhes um pouco mais. Felizmente eles me compreendem. Creio que ninguém vai reclamar se nós passarmos de fase e eu não voltar," disse, em tom humorado.

Com dois pontos no Grupo F, a Nova Zelândia enfrenta o Paraguai, nesta quinta-feira, em Polokwane. Se vencer, garante a inédita vaga para as oitavas de final do Mundial:

"Ninguém vai acreditar. Dentro do nosso grupo, porém, sabíamos que não viríamos para cá para perder os três jogos. Jogamos bem durante a nossa preparação, vencemos amistosos como contra a Sérvia, que nos deu confiança. Nossa visão era: deixe os especialistas nos descartarem. Temos um grupo muito unido e tivemos a sensação de que poderíamos conseguir algo," revelou.

Para Barron, uma possível classificação dos 'All Whites' à próxima fase do Mundial pode significar um novo horizonte para o futebol na Nova Zelândia, assim como aconteceu com a Austrália, em 2006:

"Absolutamente. Por que não? A última Copa do Mundo foi grandiosa para a Austrália e não tenho dúvidas de que o que estamos fazendo aqui poderá inspirar muitas pessoas. Não estou dizendo que as coisas vão mudar do dia para a noite, mas o futuro do futebol no nosso país me parece brilhante," concluiu.

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