O técnico Dunga vai enfrentar seu ex-comandante Sven-Goran Eriksson quando a seleção brasileira entrar em campo contra a Costa do Marfim, no domingo (20), em seu segundo jogo na Copa do Mundo da África do Sul, no estádio Soccer City.
Eriksson, ex-treinador da Inglaterra e do México e agora à frente da seleção africana, foi técnico de Dunga na Fiorentina na temporada 1988-89, e disse recentemente que já era possível perceber o conhecimento tático do ex-volante brasileiro há mais de 20 anos, quando Dunga tinha apenas 25.
"Conheço o técnico muito bem, eu o trouxe para a Fiorentina e trabalhei com ele por um ano", disse. "Mesmo como jogador, taticamente ele conhecia tudo sobre futebol. Ele é um dos melhores jogadores que eu já tive, ele era fantástico, defendendo e atacando."
"Não estou surpreso que eles sejam extremamente bem organizados, não é fácil marcar gols contra eles", acrescentou Eriksson, que também já foi comandante do meia da seleção brasileira Elano, no clube inglês Manchester City, na temporada 2008-09. Didier Drogba, que jogará com uma proteção aprovada pela Fifa após ter fraturado o braço dias antes do início da Copa.
Os dois também foram adversários quando a Inter de Milão, do zagueiro Lúcio, eliminou o Chelsea, de Drogba, na última Liga dos Campeões. A frustração do atacante foi ainda maior depois que ele acabou expulso no final do jogo de volta das oitavas-de-final.
Lúcio, que não deu espaço para Drogba jogar, reclamou depois do confronto que o marfinense teria tentado intimidá-lo num lance que resultou uma discussão ríspida entre os dois dentro de campo.
"O Chelsea praticamente não jogou no primeiro jogo porque o Lúcio fez uma partida maravilhosa e anulou o Drogba", disse o goleiro brasileiro Julio César, que também joga na Inter.
O jogo contra a Costa do Marfim será o sexto da seleção brasileira contra africanos em Copas do Mundo. O Brasil venceu os cinco primeiros --Zaire (1974), Argélia (1986), Camarões (1994), Marrocos (1998) e Gana (2006)-- sem jamais ter sofrido gol.
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