Em confronto de campeões, França e Uruguai não saem do 0 a 0

Assim como em 2002, França e Uruguai empataram em 0 a 0. A partida desta sexta-feira (11), no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, valeu pelo Grupo A da Copa do Mundo. Mais cedo, pelo mesmo grupo, África do Sul e México também empataram, só que por 1 a 1.

O técnico Raymond Domenech começou a partida com Henry e Malouda no banco. Reflexo disso foi a partida extremamente truncada. O equilíbrio foi visto inclusive na posse de bola, embora a França tenha arrematado mais a gol.

A primeira etapa foi sofrível e a segunda mais disputada. A França passou a pressionar mais com a entrada de Henry e passou a ter mais terreno quando, aos 36 minutos do segundo tempo, Nicolas Lodeiro, que havia entrado na segunda etapa, foi expulso pelo segundo cartão amarelo. Foi o primeiro cartão vermelho do Mundial.

Mesmo assim, os Bleus acabaram parando no bom posicionamento da defesa uruguaia e na falta de criatividade, selando o primeiro 0 a 0 do Mundial.

Cobranças não preocupam

Durante sua entrevista coletiva logo após o jogo, o técnico Raymond Domenech, da França, teve de ouvir, repetidas vezes, uma mesma pergunta: por que Henry e, principalmente, Malouda entraram tão tarde no jogo? Henry entrou aos 26 minutos, no lugar de Anelka, que mal pegou na bola. Já Malouda foi a campo minutos depois, ocupando o lugar de Gourcuff.

O treinador não se abalou com a cobrança. Ele explicou que fez as mudanças no momento em que achou necessário. "Eles entraram no momento apropriado e fizeram o que lhes pedi. Só isso. O Malouda, por exemplo, jogou pouco mais de 15 minutos e foi importante, fez jogadas interessantes. Não interessa quanto tempo um jogador fica em campo, mas o que ele produz enquanto está em campo".

Sobre o fato dos dois jogadores serem reservas, Domenech é simples na explicação: questão de opção. "Trouxe 23 jogadores e só 11 podem entrar em campo. É isso".

Lugano destaca força da equipe

O zagueiro uruguaio Lugano afirmou que o time soube se livrar da pressão da França após a expulsão de Lodeiro. "Eles quiseram nos vencer na força. E na força, ninguém nos vence", afirmou o zagueiro, evocando a velha garra celeste. "Foi um jogo bastante disputado, duro, mas conseguimos segurar bem ali atrás. Não lhes demos muitas chances. Quando perdemos um jogador, as coisas eles vierem para cima, mas, mesmo assim, não perdemos o controle".