Enquanto os jogadores aqueciam antes do treino deste sábado no Soccer City, Vicente del Bosque fazia embaixadinhas. Por alguns segundos, parecia relembrar os tempos de jogador, quando atuou 18 vezes com a camisa da Espanha - nunca em uma Copa do Mundo. Responsável por levar a Fúria pela primeira vez à decisão do torneio, o técnico confessou que gostaria de estar em campo de chuteiras contra a Holanda no domingo.

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Como meia, Del Bosque passou quase toda a carreira no Real Madrid, de 1970 a 1984, saindo apenas algumas vezes por empréstimo. Ele disputou 441 partidas do Campeonato Espanhol, fez 30 gols e foi campeão cinco títulos nacionais, além de quatro Copas do Rei. Pela Espanha, foram apenas 18 jogos e um gol, incluindo a Eurocopa de 1980.

"Jogaremos um jogo que não jogamos todos os dias. Já tivemos jogos importantes, mas final de Copa do Mundo é o máximo que pode chegar no futebol. Seria melhor estar como jogador, mas me conformo em participar como treinador", afirmou.

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Após encerrar a carreira de atleta, Del Bosque virou técnico nas divisões de base do Real. Depois, teve duas passagens rápidas pelo time profissional e ganhou uma chance definitiva em 1999. Em quatro temporadas no comando da equipe merengue, ganhou duas vezes a Liga dos Campeões (2000 e 2002) e o Campeonato Espanhol (2001 e 2003), uma Supercopa da Espanha (2001), uma Supercopa da Europa (2002) e um Mundial de Clubes (2002).

Pela seleção, fracassou no ano passado na Copa das Confederações quando a Fúria nem chegou à final, mas fez campanha perfeita nas eliminatórias, com 100% de aproveitamento. Na Copa do Mundo, viu a Espanha perder na estreia para a Suíça e depois conseguiu cinco vitórias até a final. Mesmo assim, nunca foi flagrado sorrindo à beira do gramado. O primeiro sorriso, promete, virá com o título.

"Seguramente.... Mas a alegria está por dentro. Não sou de fazer teatro para expressar meus sentimentos".

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