Metralhadora verbal
Pelé e Platini na mira de Dieguito
O momento mais esperado da coletiva de Diego Maradona era a hora em que algum jornalista perguntaria ao técnico argentino sobre as declarações de Pelé e Platini.
Pelé havia afirmado que o ex-craque só havia aceitado o comando da seleção argentina pois estava sem dinheiro. Platini disse que, como treinador, Maradona foi um ótimo jogador. A aguardada resposta veio.
Foi mais ou menos no meio da entrevista. Maradona já esperava por ela. E disparou. "Isso não me surpreende. Pelé que volte para o museu. E Platini... nunca tive relação com ele. Sempre foi oi e tchau. Vocês sabem como são os franceses e ele é francês. Acredita que é melhor do que os outros. Mas eu nunca dei bola para ele", disse.
O francês ainda ouviu outra. Quando todos queriam saber da opinião do argentino sobre os poucos gols da rodada inicial, ele disse que era normal. Afinal, bons jogadores não faltam, e o que estava ocorrendo é a ansiedade inicial somada à precaução. Mas ele estava só preparando o arremate.
"Não quero falar mais da bola, todos já falaram. Mas ela influencia muito. O Platini que deveria ver se ela é boa ou ruim."
A Argentina terá uma alteração com relação à partida contra a Nigéria. Sai Verón, machucado, e entrará Maxi Rodrígues. Na prática, o comandante da Alviceleste não crê em mudanças significativas. Sonha até com melhoras. "Dará mais liberdade a Mascherano. E sempre falei que escalaremos o time de acordo com o adversário."
Rodízio de faltas
Como parar Messi? Simples. Um jogador derruba o baixinho argentino, é advertido verbalmente pelo árbitro e passa a vez para um companheiro. Colocar dois atletas se revezando na caça ao astro de Maradona é o plano de Hun Jung Moo para segurar o atacante do Barcelona. "A ação de Messi precisa ser interrompida no início. Não podemos deixá-lo ganhar ritmo na jogada. A intenção é fazer faltas inteligentes", diz o atacante Park Chu Young.
A Argentina não é favorita, tampouco candidata ao título do Mundial na opinião de seu técnico, Diego Maradona. O comandante dos hermanos diz acreditar apenas em adquirir confiança com triunfos para, daí sim, olhar mais para a frente."Os triunfos vão nos solidificar. É assim, e até quem parece ter possibilidade passa a se destacar", disse em entrevista coletiva obrigatória da Fifa.
E é visível que a teoria se torna prática rapidamente no caso de Dom Diego. Ontem, esbanjou um bom humor ainda não visto nesta Copa do Mundo. Um dos motivos era a vitória sobre a Nigéria na estreia. Com ela, o treinador ganhou tranquilidade. Tanto que pode obter a classificação com antecedência se vencer, hoje, a Coreia do Sul, no Soccer City, às 8h30 o contrário também garantirá os asiáticos.
Totalmente inverso a Dunga, Maradona chegou, sentou e cantou parabéns a você para um jornalista da Fox Sports que estava de aniversário. Mais adiante, brincou quando estava colocando o agasalho da Associação de Futebol da Argentina "Senão tomo multa", disse.
Mas é prestar mais atenção no ex-craque que outros motivos ainda mais fortes para sua felicidade vêm a tona. Maradona exalta o elenco, mas é em Messi que aposta todas as suas fichas. Ontem, citou o atacante 38 vezes na entrevista.
"Eu quero ser campeão e tenho Messi", afirmou, para logo depois fechar um pouco a cara quando ficou sabendo de declarações nas quais a Coreia do Sul teria avisado que pararia La Pulga com faltas. "Faltas acarretam pênaltis e cartões. É a função dos árbitros marcá-las. O Messi tem de jogar com tranquilidade total, sem temer isso."
Quando Maradona fala, o que ocorre muito pouco nesta Copa (quase sempre só por obrigatoriedade da Fifa), normalmente a imprensa mundial aparece em busca de uma frase de efeito. Ontem, conseguiram várias leia matéria nesta página. Uma delas, contudo, é mais propícia para cá.
A pergunta foi sobre os bons desempenhos de Podolslki, Maicon e Elano na primeira rodada da Copa do Mundo. E, na resposta, Maradona terminou de se entregar.
"Todos jogaram muito bem, mas não chegaram a 40% da atuação de Messi contra a Nigéria. Isso você pode ter certeza", disse o treinador. "A Nigéria morreu quando Tevez e Messi começaram a se movimentar."
E, embora indiretamente, Dieguito disse que espera uma partida mais fácil contra os asiáticos do que contra os africanos. "A diferença entre os dois é que a Nigéria é a força física. Cada choque eles te jogam na parede. Já a Coreia é de igual para igual."
Ao vivo
Argentina x Coreia do Sul, às 8h30, na RPC TV, Band, BandSports, SporTV e ESPN Brasil.
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