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O gol que a Inglaterra marcou, mas não levou, contra a Alemanha, talvez não mudasse a história daquele jogo. Mas pode, sim, mudar a história das regras do futebol. Depois do erro grosseiro da arbitragem, que não viu a bola quicar 33 centímetros após a linha do gol, a pressão sobre o uso da tecnologia cresceu. E pode surtir algum efeito em outubro, em reunião da International Board, responsável pelas regras do futebol.

Um dos oito membros da comissão, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu que o próximo encontro da International Board terá uma discussão sobre a "bola inteligente". O mecanismo seria útil para tirar dúvidas sobre se a bola cruzou ou não a linha do gol.

"O mundo inteiro discutiu esse gol que não foi dado para a Inglaterra contra a Alemanha. Por isso, vamos reabrir o debate sobre a tecnologia na linha do gol e na bola. Vai haver um encontro em Cardiff (País de Gales), em outubro, e colocaremos o assunto na agenda", afirmou.

Blatter repetiu que a discussão será apenas em torno da bola inteligente. Ele disse que não é favorável a nenhuma outra forma de utilização da tecnologia no futebol.

"Os erros são o aspecto humano do jogo. Se ele passar a ser controlado apenas pela ciência, não haverá mais discussão. Vamos, claro, anotar todos os comentários e levá-los em consideração. Mas, de novo, é importante preservar a face humana do jogo. O futebol tem erros dos jogadores, da arbitragem, é assim que ele é feito", argumentou.

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