Quando o vitorioso técnico Fabio Capello assumiu a Inglaterra, foi firmado como meta levar a pátria-mãe do futebol às semifinais da Copa, algo que não ocorre desde 90. Hoje, porém, o English Team pode ser eliminado na fase de grupos sem ganhar de ninguém. Se não bater a Eslovênia às 11 horas (de Brasília), em Port Elizabeth, só terá sobrevida na Copa da África do Sul se der empate entre EUA e Argélia e ainda assim dependerá do número de gols feitos nos dois duelos.
Os dois empates sofríveis contra EUA e Argélia fizeram explodir de vez a crise no elenco, que já vinha exibindo desgaste desde o episódio de traição envolvendo Terry e Bridge, que então se ausentou do time. Terry, que perdeu a tarja de capitão após o escândalo sexual, cobrou a presença de Joe Cole entre os titulares e teve de pedir desculpas, mas o treinador Fábio Capello também já disparou contra o time. "Não entendo porque não conseguimos mudar o ritmo ou a velocidade nos jogos. Somos muito lentos. Nesta Copa, se você não corre, pressiona e luta, fica difícil avançar."
Capello nega que o grupo esteja sem comando. "Todas as vezes que precisei falar, os atletas me ouviram. Estão felizes, têm treinado bem. É normal ter pressão. Temos de vencer. Não estamos de férias", falou. A crise chegou à arquibancada. Após o empate com a Argélia, Rooney criticou as vaias recebidas dos torcedores, criou mal-estar e também teve de pedir perdão.
O vexame que se esboça é grande. Somente em 1958, quando caiu no "grupo da morte" daquela edição, o English Team conseguiu voltar para casa sem vencer nem um jogo sequer. Para hoje, até o gramado já é usado como empecilho para um bom rendimento. Ele tem se soltado bastante. "Já joguei em gramados piores. Não podemos usar isso como desculpa. Estamos famintos para jogar bem e apagar nossas últimas performances", falou Gerrard, bastante discreto no Mundial.
País com menor população da Copa, com apenas 2 milhões de habitantes aproximadamente, a Eslovênia joga todo o favoritismo do confronto mais importante de sua história para o rival. "Para mim, eles ainda são favoritos para vencer a Copa", disse Matjaz Kek, técnico da Eslovênia, que precisa só de um empate para avançar para as oitavas. Mesmo em vantagem, a estratégia de jogo deve ser a mesma. Nada de retranca. "A Eslovênia marcou três gols e eu não sei por que deveríamos mudar nossa estratégia. Estamos confiantes, somos corajosos e seremos capazes de enfrentar a Inglaterra", completou o treinador.
O discurso cheio de bravura não ilude Capello, que espera a Eslovênia bastante preocupada em fazer o tempo correr. Por isso, pretende tirar os espaços dos oponentes. "Quero ver luta a todo instante e precisamos recuperar a posse de bola rapidamente, pois eles [quando a tiverem] vão querer gastar o tempo. Precisamos pressionar bastante", alertou.
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